A Samarco fechou o tamanho do investimento que fará para conseguir retomar a sua plena capacidade: US$ 2,5 bilhões (R$ 13,25 bilhões no dólar de hoje). A mineradora não opera na capacidade máxima desde novembro de 2015, quando houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em Mariana, Minas Gerais. Grande parte do recurso será aplicado justamente em Mariana, onde a Samarco faz a captação da matéria-prima. Em Anchieta, Sul do Espírito Santo, serão aportados pouco mais de R$ 3 bilhões na renovação completa das usinas 1 e 2 de pelotização (ao todo são quatro), as mais antigas da companhia, inauguradas em 1977 e 1997.
Muito embora a confirmação dos valores tenha se dado nesta segunda-feira (10), na divulgação dos resultados do terceiro trimestre, os trabalhos já foram iniciados tanto no complexo industrial do Espírito Santo como no de Minas Gerais. O objetivo é colocar as pelotizadoras para funcionar em 2028. Hoje, a capacidade da Samarco está em 15,2 milhões de toneladas de pelotas por ano, terminado o investimento, chegará a 26,4 milhões de toneladas por ano.
Na apresentação feita aos investidores, os executivos da Samarco, na argumentação em defesa do aumento de produção, afirmam que "apesar da pressão de curto prazo, os fundamentos de médio e longo prazo sustentam a recuperação da demanda e uma perspectiva de mercado mais construtiva". Eles enxergam crescimento do PIB global até 2029, impulsionado pela produção industrial, recuperação da Europa (principalmente na indústria) e China em busca de equilíbrio entre resiliência de crescimento e incertezas.
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