
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, o vice, Ricardo Ferraço, e empresários capixabas aproveitaram a visita do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Vitória, nesta quarta-feira (16), e foram buscar apoio em um tema para lá de importante para a infraestrutura do Espírito Santo: a renovação da concessão da Ferrovia Centro Atlântica, que conecta a produção do Brasil Central com os portos do litoral.
Silveira não é diretamente ligado à questão, já que o tema é tocado pelo Ministério dos Transportes, que tem Renan Filho à frente, mas ele é mineiro (é senador licenciado por Minas, Estado que tem dificuldades para escoar a sua produção) e tem proximidade com Renan.
O governo federal está no meio de uma negociação com a atual concessionária da FCA, a VLI Logística, sobre a renovação antecipada da concessão, que é a maior estrutura ferroviária do país, com mais de 7 mil quilômetros de trilhos que passam por oito estados. O governo quer mais investimentos em infraestrutura permanente (na modernização e ampliação da estrada de ferro) e em um prazo menor de tempo. No meio desses investimentos os capixabas querem a implantação de um contorno da Grande Belo Horizonte, de R$ 2 bilhões. Na visão deles, isso vai dar mais eficiência à estrutura (que se conecta à Ferrovia Vitória-Minas, quem vem para o ES, justamente na Grande BH) e, consequentemente, atrairá mais cargas para os portos do Espírito Santo.
Em princípio, o investimento está previsto no contrato que está sendo negociado entre governo e VLI, mas, de acordo com o governo do Estado, não é obrigatório de partida, precisaria de alguns gatilhos (de demanda) para ser executado. Governo do Estado e empresários se mobilizam para que isso mude e o aporte seja obrigatório.
O contrato da VLI vence no ano que vem e o governo federal quer bater o martelo sobre a questão, que vem se arrastando, até agosto.
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