Bastidores e informações exclusivas e relevantes sobre os negócios e a economia do Espírito Santo

De saída da Suzano, Walter Schalka vai deixar legado para o ES

O executivo, que está no comando da fabricante de papel e celulose desde 2013, deixa o cargo em julho. Sob seu comando, a produção capixaba viu seu valor agregado aumentar

Publicado em 09/03/2024 às 03h50
O governador do Estado, Renato Casagrande, e o presidente da Suzano, Walter Schalka, em coletiva de imprensa no Palácio Anchieta
O governador do Estado, Renato Casagrande, e o presidente da Suzano, Walter Schalka, em coletiva de imprensa no Palácio Anchieta. Crédito: Hélio de Queiroz Filho/Secom

No dia 01 de julho, Walter Schalka sairá do comando executivo da Suzano e, sem dúvida, deixará uma marca importante na indústria do Espírito Santo. As relações dele com o Estado nem têm tanto tempo assim, começaram em 2019, quando a Suzano se fundiu com a Fibria (fruto da união da Aracruz Celulose com Votorantim, em 2009), mas o suficiente para o estabelecimento de importantes legados não só para a indústria capixaba, mas também para o setor logístico.

Historicamente, desde os tempos de Aracruz, a produção local se resumia à celulose, uma commodity. Hoje, o Espírito Santo possui uma conversora de papel, em Cachoeiro de Itapemirim, inaugurada em 2021, e a primeira fábrica de papel do Estado, um aporte de R$ 650 milhões, está sendo construída em Aracruz - será entregue no primeiro trimestre de 2026. Dois movimentos que fazem parte da estratégia da Suzano de entregar produtos acabados ao mercado e que agregam muito valor à produção industrial do Espírito Santo, desde sempre muito ligada aos produtos básicos.  

No começo de 2024, a Suzano, em mais um movimento de diversificação e verticalização da gestão de Walter Schalka, anunciou uma parceria com a Adufértil, de São Paulo, e vai construir uma unidade de fertilizantes em Aracruz, bem ao lado de suas fábricas. Um aporte de R$ 65 milhões. No setor de energia, o antigo projeto da fábrica de bio-óleo, também em Aracruz, para muitos o substituto renovável do petróleo, não saiu do papel, mas amadureceu bastante nos últimos anos. Em janeiro, a japonesa Mitsui assinou um contrato com a Suzano e entrou no negócio.

O legado de Schalka passa também pela logística portuária, segmento para lá de estratégico para o Espírito Santo. Portocel, uma sociedade de Suzano e Cenibra, que nasceu para movimentar celulose e cargas florestais, passou, nos últimos anos, a operar outras cargas e a atender outras empresas. Os objetivos são ousados, só em 2023, Portocel comprou 300 mil m² para usar de retroárea.

A torcida, no Espírito Santo, é para que o novo CEO da Suzano, João Alberto Fernandez de Abreu, mantenha o ritmo de Walter Schalka. 

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.