A novela que virou a troca de trechos da BR 101, na Serra, já incomoda bastante a concessionária Ecovias Capixaba, responsável pela rodovia no Espírito Santo. Em princípio, a parte urbana da Serra - do quilômetro 244,9 ao quilômetro 276,8 - iria para a administração da prefeitura logo após a inauguração do Contorno do Mestre Álvaro, que se deu em dezembro de 2023. A Ecovias, por sua vez, assumiria a operação do Contorno do Mestre Álvaro (do quilômetro 247,8, próximo ao bairro Jacuhy, até o quilômetro 278,3, em Chapada Grande), que foi construído pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão do governo federal.
Esta era a previsão original, mas a coisa se arrasta pela burocracia federal desde então. Havia a expectativa de que a troca enfim se daria na assinatura do novo contrato de concessão, no final de agosto, mas... Agora, uma nova previsão: final de 2025. Diante do histórico, não são muitos os que colocam fé no prazo.
A Ecovias, que pertence à EcoRodovias, quer entregar o trecho urbano o quanto antes, afinal, a operação - com semáforos em sequência, acesso a vias locais secundárias e uma infinidade de pequenos acidentes comuns a uma avenida - é muito diferente dos demais trechos sob concessão.
Outra questão preocupa os executivos da concessionária. Alguns milhões de reais foram investidos, nos últimos anos, para que o trecho urbano fosse entregue ao município em boas condições, como combinado em contrato. Como a deterioração da estrutura não aguarda a boa vontade da burocracia, a demora nos processos pode fazer com que uma nova rodada de investimentos precise ser feita.
Sobre o Contorno do Mestre Álvaro, que continua sob o Dnit já que alguns reparos ainda estão sendo feitos, serviços como ambulância, veículos de inspeção e guinchos seguem sem ser prestados.
A ver quando mais essa novela vai acabar.
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