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'O atual Atlético-MG me faz lembrar o de 1971', diz Dadá Maravilha

'O atual Atlético-MG me faz lembrar o de 1971', diz Dadá Maravilha

Artilheiro do Brasileirão de 1971, com 15 gols, Dadá Maravilha acredita que a equipe comandada por Jorge Sampaoli lembra o time de Telê Santana que foi campeão naquele ano

Publicado em 13 de setembro de 2020 às 09:38

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Marrony marcou os dois gols da vitória do Atlético-MG sobre o Ceará
Atual time do Atlético-MG apresenta futebol mais vistoso, avalia Dadá Maravilha. (Bruno Cantini/Atletico)

Após quase 50 anos do único título do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro, o time de Belo Horizonte se credencia como um dos favoritos para conquistar a competição nacional nesta temporada. Artilheiro do Brasileirão de 1971, com 15 gols, Dadá Maravilha acredita que a equipe comandada por Jorge Sampaoli lembra o time de Telê Santana que foi campeão naquele ano. A principal diferença, na opinião de Dadá, é que o Atlético-MG de 1971 era mais "guerreiro", enquanto o atual apresenta um futebol mais vistoso.

Nesta entrevista exclusiva ao Estadão, Dadá também aponta outra semelhança entre 1971 e 2020: o apoio dos jogadores aos respectivos técnicos. Hoje aos 74 anos e comentarista da TV Alterosa, ele recordou a comemoração do elenco com Sampaoli após a conquista do Campeonato Mineiro. O treinador argentino foi bastante festejado e jogado para cima pelos atletas no gramado do Mineirão.

Dadá Maravilha
Dadá Maravilha, 74 anos, artilheiro do Brasileirão de 1971, com 15 gols. (Agência Brasil | Fernando Frazão)

Como tem visto esse Atlético-MG do Sampaoli?

O time está com credibilidade, o Sampaoli fez os jogadores se unirem. Está tocando bem a bola, indo todo mundo ao ataque, triangulando e sempre criando boas jogadas. Está bonito de ver esse Atlético-MG jogar.

Quais as semelhanças e diferenças desse time para 1971?

Não vou fazer nenhuma comparação, mas eu vi o Santos de Pelé, o Palmeiras de Ademir da Guia, o Flamengo de Zico, o Botafogo de Jairzinho, o Corinthians de Rivellino... Vi muita coisa boa no futebol, e agora estou vendo esse Atlético-MG que me faz lembrar o time de 1971. Agora é um time mais vistoso, um futebol mais bonito, e em 1971 a gente era um time de guerreiro, de amor à camisa. Os caras até perguntavam como que a gente corria tanto. A diferença agora que eles não tem o Dadá e acabam perdendo muitos gols (risos). Eles jogam mais do que a gente jogava, mas em 1971 era um time mais fatal.

Vê o Atlético-MG como favorito ao título?

O time agora tem a vantagem de só ter o Brasileirão para batalhar e vencer. Tem condições de ser campeão pelo futebol que está jogando, e acredito que vá melhorar ainda mais. Mas não posso afirmar que vai ser campeão porque tem outros times muito fortes, como Flamengo, Internacional, Palmeiras, São Paulo... São times de tradição, e o Atlético-MG vai ter que correr atrás. Está pegando moral, está crescendo e sendo mais respeitado agora para voltar a ser campeão depois de 50 anos.

Como analisa a forma de jogar do Sampaoli, que gosta de um time bastante intenso, sempre no ataque?

Ele valoriza muito o toque de bola, e isso lembra bastante o que o Telê pedia. O Telê trabalhava mais triangulações, que esse Atlético-MG ainda não faz tanto. Nosso time tinha que ter sempre três jogadores perto da bola. O time do Sampaoli também está bem organizadinho e ele conseguiu unir o elenco. Me encantou muito ver os jogadores levantarem o Sampaoli na final do Mineiro. Me lembrou bastante quando nós jogamos o Telê para cima quando ganhamos o Brasileiro.

O que acha que ainda pode melhorar nesse time?

Aos poucos o time vai se ajeitando ainda mais. Acho que se voltar a ter público no estádio, o Atlético-MG vai crescer, porque aquela torcida faz os jogadores correrem.

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