> >
Mulher de desembargador do ES preso pela PF trabalhava na Assembleia do RJ

Mulher de desembargador do ES preso pela PF trabalhava na Assembleia do RJ

Flávia Ferraço atuou até novembro na diretoria-geral da Alerj, ligada ao presidente afastado da Casa, Rodrigo Bacellar (União)

Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 16:40

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Flávia Ferraço Lopes Júdice, esposa do desembargador capixaba Macário Júdice Neto, trabalhou na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) até o início de novembro deste ano, ligada ao presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União).

O desembargador é relator do caso que investiga o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Júdice Neto foi preso nesta terça (16), na segunda fase da Operação Unha e Carne, que apura a atuação de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas. Ele foi detido em sua residência, na Barra da Tijuca, zona sudoeste do Rio de Janeiro.

A ordem de prisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Macário Júdice e Flávia Ferraço
O desembargador do TRF-2, Macário Júdice, e sua esposa, Flávia Ferraço Lopes Júdice Crédito: Redes sociais

Bacellar, preso por suspeita de vazar a operação para TH, cumpre medidas cautelares após ser solto pelo plenário da Alerj. Ele nega as acusações.

Flávia exercia o cargo de assessor 9 e atuava na diretoria-geral da presidência da Alerj. A exoneração ocorreu a pedido dela, conforme ato da mesa diretora assinado em 6 de novembro e publicado no Diário Oficial. Em outubro, ela recebeu R$ 8.200 líquidos, de acordo com a folha de pagamento. 

A casa do desembargador e de Flávia no Espírito Santo foi alvo de busca e apreensão. Não há informações se ela é investigada na ação que prendeu seu marido.

A defesa do desembargador, por meio do advogado Fernando Augusto Fernandes afirma que "o ministro Alexandre de Moraes foi induzido a erro ao determinar a medida extrema".

O advogado diz ainda que não foi disponibilizada a cópia da decisão que decretou a prisão "obstando o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa". Fernandes afirma que apresentará os esclarecimentos nos autos e vai pedir a imediata soltura de Júdice Neto.

Este vídeo pode te interessar

  • Viu algum erro?
  • Fale com a redação

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais