Publicado em 4 de maio de 2020 às 09:36
As agressões aos profissionais do jornal O Estado de S. Paulo durante manifestação com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, no domingo (3), ocorreram no Dia da liberdade de imprensa e receberam o repúdio de diversas autoridades. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou que "quem transgride e ofende a liberdade de imprensa ofende a Constituição, a democracia e a cidadania brasileira". >
Para ela, isso significa atuar de maneira inconstitucional. "É inaceitável, é inexplicável que ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel de um profissional da imprensa é o papel que garante, a cada um de nós, poder ser livre", afirmou.>
"É de se lamentar esses episódios. A agressão a cada jornalista é agressão à liberdade de expressão e à própria democracia e isso precisa ficar bem claro e ser repudiado", disse o ministro Gilmar Mendes, do STF.>
O ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo, afirmou que agressões contra jornalistas "devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito". >
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O ministro Luiz Fux, do STF, também destacou a ameaça à democracia. "A dignidade da imprensa se exterioriza pela sua liberdade crítica, de investigação e de denúncia de atitudes anti-republicanas.">
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que cabe às instituições democráticas impor a "ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror". "Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles", disse.>
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou em seu Twitter que a justiça precisa punir os que agrediram profissionais da imprensa e também profissionais de saúde. >
"Milicianos ideológicos agridem covardemente profissionais de saúde num dia. Agridem profissionais de imprensa no outro", escreveu Doria na rede social.>
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, criticou o presidente Jair Bolsonaro por não ter se manifestado em relação às agressões aos jornalistas do jornal O Estado de S. Paulo e declarou que o único plano de seu governo é "alimentar o caos".>
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o "trabalho da imprensa precisa ser respeitado exercido com total segurança e liberdade". >
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