Publicado em 3 de maio de 2020 às 19:55
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou serem "absolutamente ilegais" as milícias virtuais, e que - apesar de "antidemocrático" - robôs estão sendo empregados para influenciar o debate político em ambientes digitais. >
De acordo com a ministra: "No mundo inteiro estamos vendo o fascismo chegar perto, mas não chega pela forma tradicional, chega com os robôs, se entronizam em espaços que a gente nem percebe".>
Neste domingo, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fizeram um protesto contra ministros do STF, entre eles Alexandre de Moraes - que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a chefia da Polícia Federal e é relator de um processo que investiga o uso robôs e fake news - e o presidente da Corte, o ministro Dias Toffoli.>
Segundo Cármen Lúcia, "nem se sabia até há muito pouco tempo se era alguém do outro lado ou se havia a possibilidade de haver um robozinho a serviço - que me pareceu sempre - da anti-democracia, do fascismo, do autoritarismo e da ditadura. São esses que querem se valer de máquinas porque não podem contar com pessoas".>
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De acordo com Cármen Lúcia, "ditador não gosta de gente, gosta de chicote, gosta de máquina. Ele manda na máquina e quebra ela se não fizer o que quer". A ministra ainda citou a letra da música "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros: "Gado a gente marca, mas com gente é diferente".>
Cármen Lúcia participou de transmissão ao vivo pela internet promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).>
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