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Flávio imita gargalhadas de Bolsonaro como reação a relatório da CPI da Covid

Flávio imita gargalhadas de Bolsonaro como reação a relatório da CPI da Covid

Relatório final atribui nove crimes a Jair Bolsonaro e também pede indiciamento de filhos. Flávio Bolsonaro diz que presidente só poderia dar risada: "Não tem o que fazer de diferente"

Publicado em 20 de outubro de 2021 às 17:53

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Senador Flavio Bolsonaro
O filho mais velho do presidente Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo, na qual atacou o relator Renan Calheiros (MDB-AL). (Claudio Reis/FramePhoto/Folhapress)

senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou nesta quarta-feira (20) que o presidente Jair Bolsonaro vai responder com gargalhadas às imputações de crimes e a proposta de indiciamento que estão presentes no relatório final da CPI da Covid. Flávio chegou a demonstrar na prática como seria essa gargalhada.

"Eu acho que ele recebeu da seguinte forma: você conhece aquela gargalhada dele? Hahaha [gargalha forçadamente para imitar a risada do presidente]. Não tem o que fazer de diferente disso", afirmou.

Ainda nesta quarta-feira, o filho mais velho do presidente Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo, na qual atacou o relator Renan Calheiros (MDB-AL). Chamou o senador alagoano de "bandido" repetidas vezes e disse que ele joga o nome do Senado no lixo.

Flávio também disse que o relatório inaugura a era das "antinews", que seriam piores que a fake news. O senador também usou a maior parte da transmissão para divulgar uma lista de 20 crimes que Renan teria cometido durante sua atuação como relator da CPI da Covid.

Ele cita tipificações, como obtenção de provas por meio manifestadamente ilícito, dar início a persecução sem justa causa, ameaça, violação de direitos e prerrogativas de advogados, difamação, injúria e estelionato.

O senador Renan, relator da CPI da Covid, pediu o indiciamento de 66 pessoas e de duas empresas, por um total de 23 crimes, em seu relatório apresentado nesta quarta (20).

Após mal-estar entre os senadores por vazamento de minutas do texto à imprensa, o senador recuou e mudou alguns pontos do relatório. Ele retirou a recomendação de indiciar o presidente Bolsonaro pelos crimes de genocídio contra a população indígena e homicídio.

Com isso, a proposta de indiciamento de Bolsonaro agora conta com 9 tipificações de crimes -anteriormente eram 11.

Renan segue apontando contra o presidente os crimes de epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma; e crime de responsabilidade, previsto na lei 1.079/1950, por violação de direito social incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.

Parte dos senadores, como o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), discordava de apontamentos da minuta do parecer de Renan. Por isso, o texto foi alterado após conversa entre os parlamentares que terminou na noite de terça (19).

Renan também desistiu de incluir a proposta de indiciamento do senador Flávio pelo crime de advocacia administrativa e improbidade administrativa, por ele ter intermediado uma reunião de representantes da Precisa Medicamentos no BNDES.

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