Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 18:54
Em entrevista concedida à imprensa na manhã desta terça-feira (14), na sede da Backer, a diretora de marketing Paula Lebbos tentou esclarecer os casos de intoxicação causados pela cerveja. A representante da empresa reafirmou a inocência da empresa e disse que a Backer sempre esteve disponível para o esclarecimento dos fatos. Até a tarde desta terça-feira (14), foram registradas 17 internações e uma morte causada após a ingestão da cerveja. Uma segunda morte também está sendo investigada pela prefeitura de Minas Gerais. >
O caso chegou ao Espírito Santo após a Polícia Civil identificar a presença do dietilenoglicol em uma cerveja de rótulo "Capixaba". Apesar de não ter sido registrado nenhum caso de contaminação no Espírito Santo, a Secretaria de Estado de Saúde solicitou o recolhimento das garrafas dos lotes que foram contaminados. A diretora da Backer pediu que os consumidores não consumam a cerveja, independentemente do lote.>
Paula Lebbos
Diretora de marketing da BackerAo mesmo tempo em que Paula Lebbos tentava esclarecer o caso, a fábrica localizada no bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, passava por uma nova vistoria, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério da Agricultura.>
Por conta da interdição e da investigação, quase 650 funcionários da cervejaria estão afastados dos serviços. A diretora ainda afirmou que não há prazo para retomar as atividades. "Apenas alguns funcionários técnicos estão trabalhando", disse Paula Lebbos.>
>
Durante a entrevista, ela reforçou a inocência da empresa e disse que "tudo está sendo uma surpresa assustadora para todos nós".>
Segundo a representante da empresa, o dietilenoglicol nunca tinha sido usado pela cervejaria. Ela explica que a Backer nunca comprou a substância. A cervejaria entregou as notas fiscais de compras do monoetilenoglicol, que, segundo a diretora, é utilizado em centenas de cervejas no país e no mundo.>
A Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, deu 10 dias de prazo para a empresa fazer uma campanha de esclarecimento. A empresa deve orientar quanto às contaminações, pontos de vendas, quais cervejas podem estar contaminadas e quais consumidores correm riscos. Segundo o secretário Luciano Timm, caso a ordem seja descumprida, a multa pode chegar a quase R$ 10 milhões.>
A cerveja vendida nos supermercados do Estado era produzida no mesmo tanque e possui a mesma fórmula da Belorizontina. O rótulo era a única diferença. Apesar de nenhum caso ter sido registrado no Espírito Santo, a Secretaria de Estado de Saúde solicitou o recolhimento das garrafas dos lotes que foram contaminados. >
Quanto às famílias prejudicadas, Paula Lebbos ainda afirmou que uma pessoa irá entrar em contato com as vítimas de intoxicação causada pela cerveja. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta