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Backer é fechada pelo Ministério da Agricultura por risco à saúde pública

Backer é fechada pelo Ministério da Agricultura por risco à saúde pública

No mesmo ato de interrupção do funcionamento, o Ministério da Agricultura determinou ações de fiscalização para apreender produtos que ainda se encontram no mercado

Publicado em 10 de janeiro de 2020 às 19:56

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Polícia instaura inquérito contra a empresa Backer, que produz a cerveja BelorizontinaFoto: Uarlen Valério/O Tempo/Folhapress). (Uarlen Valério/ O Tempo/ Folhapress))

Após ter sido identificada uma substância tóxica em duas garrafas de cerveja da fabricante Backer, produtora do rótulo “Belorizontina”, e mesmo diante do compromisso da empresa em ressarcir clientes que compraram o produto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou o fechamento da cervejaria nesta sexta-feira (10).

Em nota oficial divulgada no portal do órgão, a motivação para o fechamento da fábrica é o “risco iminente à saúde pública”. No mesmo ato de interrupção do funcionamento, o Ministério da Agricultura determinou ações de fiscalização para apreender produtos que ainda se encontram no mercado. Confira o trecho divulgado:

"Segundo a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, por meio de informação preliminar de 9 de janeiro de 2020, foi identificada a substância “dietilenoglicol” em amostras de cerveja pilsen, marca Belorizontina, lotes L1 1348 e L2 1348.

Auditores fiscais federais agropecuários - nas especialidades farmacêutica, química e de engenharia agronômica - prosseguem apurando as circunstâncias em que ocorreram a contaminação verificada pelas autoridades policiais nos lotes indicados, a fim de dar pleno esclarecimento à população dos fatos.

Análises laboratoriais seguem sendo realizadas nas amostras coletadas pela equipe de fiscalização das Superintendências Federais de Agricultura. Além disso, mais de 16 mil litros de cervejas foram apreendidos cautelarmente. Novas informações serão prestadas após os resultados das análises laboratoriais feitas pelo Mapa”.

ENTENDA O CASO

Um laudo da Polícia Civil de Minas Gerais divulgado nesta quinta-feira, 09, apontou a presença da substância dietilenoglicol em garrafas da cerveja Belorizontina, da marca Backer, produzida na capital mineira. As investigações, conforme a corporação, continuam, mas existe a possibilidade de a substância estar relacionada à morte de uma pessoa e à internação de outras sete em hospitais da capital e Grande Belo Horizonte.

A análise foi feita em garrafas da bebida recolhidas na residências de pessoas contaminadas, no bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. Todas apresentaram insuficiência renal aguda e alterações neurológicas graves. A morte de um dos pacientes, morador de Ubá, na Zona da Mata, e que esteve no bairro Buritis, ocorreu na terça-feira, 7, em hospital de Juiz de Fora, na mesma região.

NO ESPÍRITO SANTO

Após suspeitas, pelo menos três redes de supermercados que atuam no Espírito Santo (Carone, Perim e Sam's Club) recolheram os produtos da marca que estavam em suas prateleiras no Estado. As garrafas dos estoques não fazem parte dos lotes que apresentaram problema, mas as empresas optaram por fazer a retirada por precaução.

O QUE DIZ A EMPRESA

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A Backer informa por nota que, até o momento, não foi notificada a respeito de nenhuma interdição em sua fábrica por parte do Ministério da Agricultura. No entanto, ressalta que permanece à disposição das autoridades e que, conforme anunciado mais cedo à imprensa, planeja interromper suas atividades momentaneamente neste sábado, dia 11/01, para realizar uma vistoria completa em seus processos de produção, visando oferecer conforto e esclarecimento aos seus clientes. A cervejaria acrecentou ainda que aguarda a conclusão das investigações e reforçou o compromisso com a qualidade dos produtos.

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