Publicado em 8 de julho de 2020 às 08:37
Após usar codinomes nos três exames anteriores que fez para detectar a Covid-19, em abril, o presidente Jair Bolsonaro apresentou, desta vez, seu nome verdadeiro ao laboratório. O presidente chegou a dizer que recorria a codinomes em exames havia "dez anos". "Sempre falei com o médico: 'Bote o nome de fantasia porque pode ir pra lá. Jair Bolsonaro'. Já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito. Alguém pode fazer alguma coisa esquisita", afirmou, em 28 de abril. O Palácio do Planalto não informou porque o mandatário mudou de estratégia agora. >
Em 12 de maio, após o Estadão pedir na Justiça acesso aos exames do presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) três exames com resultado negativo. O jornal argumentava ser de interesse público a saúde do presidente. Apesar de decisões favoráveis ao Estadão em instâncias inferiores, a Presidência entregou o resultado dos testes apenas quando o caso chegou ao Supremo.>
O primeiro exame, com o codinome "Airton Guedes", foi feito em 12 de março no laboratório Sabin do Hospital das Forças Armadas, logo após Bolsonaro voltar de viagem oficial aos EUA.>
Pelo menos 23 pessoas da comitiva brasileira que acompanhou o chefe do Executivo foram infectadas pelo coronavírus. >
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O segundo teste, com o codinome "Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz", ocorreu em 17 de março. Apesar dos nomes diferentes, CPF e data de nascimento eram de Bolsonaro. O terceiro teste, no laboratório Fiocruz em 19 de março, foi identificado como de "Paciente 05", sem dados que o vinculasse ao presidente.>
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