Em 2025, o mundo volta os olhos para Belém (PA), sede da COP30 — conferência global da ONU que reunirá líderes e especialistas para discutir o futuro do planeta. É nesse espaço de decisões que Vila Velha também terá voz. Recebi com orgulho o convite do International Council for Local Environmental Initiatives (ICLEI), rede internacional vinculada à ONU, para representar nossa cidade como painelista da conferência. O convite reconhece o trabalho sério e planejado que temos desenvolvido em defesa do meio ambiente e das próximas gerações.
Desde o início da gestão, escolhemos o lado da preservação, da ação e do legado ambiental. Nosso compromisso é integrar as políticas climáticas ao planejamento urbano, tornando Vila Velha uma cidade sustentável, resiliente e preparada para os desafios do futuro.
Com o Programa Vila Velha Descarbonizada, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, colocamos em prática uma agenda alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O foco é claro: reduzir emissões, recuperar ecossistemas e ampliar áreas verdes.
Em parceria com instituições e a sociedade civil, já plantamos 15 mil mudas nativas em regiões como Jacarenema, Morro do Moreno e Parque da Manteigueira. E vamos mais longe: a partir deste mês de novembro, o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) prevê o plantio de mais 50 mil mudas até 2029, recuperando 230 mil metros quadrados de vegetação.
Também iniciamos o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU), que mapeia a cobertura vegetal e mede o estoque de carbono das árvores urbanas com base em protocolos internacionais. O plano criará um banco de dados público com espécies recomendadas e áreas prioritárias para novos plantios, fortalecendo a arborização e o monitoramento ambiental da cidade.
A transição energética é outro eixo fundamental. No primeiro semestre de 2026, iniciaremos a instalação de painéis solares em escolas, unidades de saúde e prédios públicos, além da implantação da primeira fazenda fotovoltaica municipal. Essas ações se somam à ampliação da malha cicloviária e à implantação de bicicletas e patinetes compartilhados — medidas que aproximam Vila Velha de um modelo de mobilidade limpa e moderna.
Ao mesmo tempo, Vila Velha enfrenta de forma estruturada os impactos das mudanças climáticas. Em parceria com o governo do Estado, executamos o maior programa de macrodrenagem da história da cidade, com investimento superior a R$ 1 bilhão e nove Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (EBAPs) entregues entre 2021 e 2025, capazes de bombear 87,5 m³ por segundo, transformando a realidade de comunidades que por décadas conviveram com enchentes.
Nossas unidades de conservação, antes ameaçadas pela especulação imobiliária, hoje são áreas protegidas, seguras e abertas à convivência e à educação ambiental. Em Jacarenema, implantamos ciclovia, o Centro de Educação Ambiental e revitalizamos a Ponte da Madalena.
No Morro do Moreno, vamos iniciar melhorias estruturais, criando mirantes, estacionamento e espaços educativos. O Parque da Manteigueira será reinaugurado em janeiro de 2026, totalmente modernizado, e o Sítio Batalha será implementado como novo parque urbano no coração da cidade.
Essa política ambiental também fortalece a proteção e a fiscalização. Em parceria com o governo do Estado, criamos o Batalhão de Polícia Ambiental no Parque de Jacarenema e expandimos o Programa Tampinhas do Bem, que conecta escolas, empresas e padarias em uma grande rede de reciclagem e conscientização.
Levar essas experiências à COP30 é mais do que um motivo de orgulho — é a oportunidade de mostrar que Vila Velha, no coração do Sudeste brasileiro, transforma compromisso ambiental em ação concreta. A preservação do planeta é um desafio global, mas começa em cada cidade.
Representar Vila Velha na COP30 é reafirmar que estamos construindo uma cidade que cresce com equilíbrio, respeita seus recursos naturais e prepara um caminho sustentável para as próximas gerações.
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