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É secretário de Estado de Economia e Planejamento e MBA em Gestão Empresarial pela FGV

Do planejamento à entrega: como o ES se tornou referência em gestão pública

Planejar é olhar além do calendário anual e além dos mandatos. É pensar no Estado que queremos para as próximas décadas e estabelecer caminhos para que essas metas sejam alcançadas

  • Álvaro Rogério Duboc Fajardo É secretário de Estado de Economia e Planejamento e MBA em Gestão Empresarial pela FGV
Publicado em 08/12/2025 às 17h30

Em um cenário nacional marcado por desafios fiscais, demandas crescentes da sociedade e necessidade de respostas rápidas, o Espírito Santo tem ganhado destaque como referência em gestão pública eficiente na imprensa e em diversos indicadores. Os resultados alcançados nos últimos anos em investimentos, responsabilidade fiscal, política social e inovação não são fruto de iniciativas isoladas, mas de uma estratégia sólida baseada em planejamento, disciplina na execução e visão de longo prazo.

Planejar, para nós, significa transformar intenções em realidade. A partir de metas claras, integradas e acompanhadas continuamente, o Estado foi capaz de avançar em áreas essenciais mesmo em momentos de desaceleração da economia do país e de instabilidade política nacional.

Mantivemos rigor na administração dos recursos públicos, com controle de gastos, equilíbrio das contas e qualidade na aplicação do orçamento, o que viabilizou investimentos estratégicos e ações transformadoras.

Esse modelo de gestão permitiu que o Espírito Santo se consolidasse entre os estados mais organizados financeiramente do país, ocupando posições de liderança em rankings nacionais de responsabilidade fiscal. Alguns indicadores ajudam a ilustrar as realizações.

Espírito Santo foi considerado o primeiro lugar em transparência e governança pública neste ano, de acordo com levantamento da ONG Transparência Internacional Brasil. São 14 anos consecutivos de Nota A na Capacidade de Pagamento dos Estados (CAPAG), medida pela Secretaria de Tesouro Nacional.

Os investimentos realizados entre 2019 e 2024 somam valor recorde histórico de R$ 16 bilhões, sendo que somente no ano passado foram R$ 4,2 bilhões. Esse valor representa 20% da receita total do Estado, muito acima do praticado na média nacional, que é 6%. Neste ano, até novembro, foram investidos R$ 3,8 bi, somando R$ 19,8 bi desde 2019.

Ranking de Competitividade dos Estados elaborado pelo CLP neste ano coloca o ES como segundo do país em infraestrutura: realizamos mais de mil quilômetros de estradas e estamos investindo em três aeroportos regionais, em Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e nas montanhas capixabas, esse último em fase de estudos técnicos.

Os índices de segurança são os melhores dos últimos 29 anos. Investimos na contratação de 8,8 mil novos agentes e na construção e reformas de mais de 180 unidades de segurança.

Mais importante do que a estabilidade das contas públicas foi a capacidade de converter essa solidez em entrega de políticas públicas que impactam diretamente a qualidade de vida dos capixabas. Temos hoje a menor taxa de desocupação da história, com 4% de desemprego, índice abaixo da média nacional.

Hoje, o Estado realiza investimentos robustos em infraestrutura, educação, saúde, segurança pública, inovação tecnológica e desenvolvimento social. A execução eficiente das obras e dos programas estaduais é respaldada por um planejamento integrado, que alinha orçamento, gestão e monitoramento de resultados. Cada ação estratégica é estruturada a partir de indicadores e metas, orientando decisões com base em evidências e garantindo continuidade, mesmo diante de mudanças de cenários.

O governo desenvolveu mecanismos modernos de governança, gestão por resultados e avaliação de desempenho. Essas ferramentas permitem que as políticas públicas sejam acompanhadas com precisão, oferecendo respostas rápidas e evitando desvios de rota.

A integração entre secretarias e órgãos estaduais, associada ao uso de tecnologia e dados, tornou a administração mais ágil, transparente e preparada para enfrentar desafios complexos.

Palácio Anchieta, Vitória
Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo. Crédito: Ricardo Medeiros

Além disso, o planejamento capixaba sempre esteve alinhado ao compromisso social. A responsabilidade fiscal não se traduziu em cortes ou retrações de investimentos nas áreas mais sensíveis, mas sim na capacidade de aplicá-los de maneira inteligente, priorizando iniciativas que geram transformação. A trajetória recente comprova que é possível investir com eficiência, crescer com sustentabilidade e reduzir desigualdades ao mesmo tempo.

O Espírito Santo é um exemplo de que o planejamento estratégico é mais do que um instrumento de gestão: é um fator determinante para a construção de políticas públicas duradouras. Quando há visão de futuro, integração entre áreas e acompanhamento rigoroso, como faz o governador Renato Casagrande, o Estado consegue entregar resultados consistentes, possibilitando novos ciclos de desenvolvimento.

Planejar é olhar além do calendário anual e além dos mandatos. É pensar no Estado que queremos para as próximas décadas e estabelecer caminhos para que essas metas sejam alcançadas.

A experiência capixaba demonstra que, quando planejamento, técnica e compromisso com as pessoas caminham juntos, o resultado se traduz em uma gestão que entrega e deixa legado para as futuras gerações.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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