Adriana Torrente, 39 anos, foi encontra morta em Conceição do Castelo
Adriana Torrente, 39 anos, foi encontra morta em Conceição do Castelo. Crédito: Reprodução/Facebook Adriana Torrente

Adriana sonhava com liberdade após o divórcio, mas acabou morta

Corpo de Adriana Torrente Moreira, de 39 anos, foi encontrado dentro de um córrego em Conceição do Castelo. Mãe de quatro filhos, queria ser livre e tomar as próprias decisões

Cachoeiro de Itapemirim / Rede Gazeta
Publicado em 06/10/2021 às 11h59

Para os familiares de Adriana Torrente Moreira, de 39 anos, ela sempre será lembrada pelo amor que tinha à família. Após o término de um relacionamento que começou ainda na adolescência, Adriana queria ter, finalmente, a liberdade de fazer as próprias escolhas. 

No último domingo (03), o corpo dela foi encontrado dentro de um córrego, em Conceição do Castelo, Região Serrana do Espírito Santo. Ela estava desaparecida desde o dia 29 de setembro.

O ex-marido de Adriana, Brás Moreira Rodrigues, 45 anos, foi encontrado morto dias antes. A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que Brás tenha assassinado a ex-mulher e depois cometido suicídio. 

Adriana nasceu em Brejetuba. Ainda jovem, mudou-se com a família para Conceição do Castelo, a 40 quilômetros da cidade natal. Brás foi o primeiro namorado dela. Com ele, Adriana foi casada por 22 anos e teve quatro filhos. Atualmente, o casal estava em processo de divórcio e ela já vivia na casa de uma das filhas.

Clara Torrente

Sobrinha de Adriana

"Depois de 22 anos casada, ela queria ter liberdade e viver o que nunca havia vivido. Ela não queria machucar ele [o ex-marido] neste processo. Tinha dependência emocional dele"

A vítima trabalhava em uma fábrica de biscoitos na cidade e, segundo familiares, adorava cuidar de flores. Chegou até a trabalhar em uma floricultura em Venda Nova do Imigrante, mas o grande amor estava na família.

Segundo a sobrinha Clara Torrente, Adriana tinha o sonho de ver os filhos "bem criados, no bom caminho", Era uma mulher trabalhadora. “Minha tia era uma pessoa incrível, sempre com uma boa palavra para nos passar um amor muito grande por nós”, disse a sobrinha. 

A família não imaginava que o casal teria um desfecho tão trágico e que Adriana, além de deixar inúmeras memórias, entraria para a estatística de vítimas de feminicídio.  “Quando uma mulher morre, morremos um pouco também. Até quando vamos ver casos de violência contra a mulher se não lutarmos umas pelas outras?”, questiona Clara. 

O corpo de Adriana será sepultado no cemitério municipal após ser liberado pelo Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim. 

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