Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 10:31
Os produtos mais consumidos na ceia no Natal devem ter um aumento médio de 5,8%, segundo projeções da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O cálculo foi feito com base no IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15) de novembro, que mede a variação do valor dos produtos entre o dia 16 de um mês e o dia 15 do mês seguinte.>
No levantamento, livros (12%), produtos para a pele (9,5%) e alimentos geralmente consumidos no domicílio (8,3%) serão os três principais responsáveis pelo aumento. Em 2023, os livros também fecharam o ano como o item com maior inflação entre os produtos natalinos, somando 9,1%.>
Perfumes (7,9%) e sapatos infantis (7,3%) também contribuíram para a subida dos preços. A variação segue a tendência de aumento do ano passado, quando os perfumes aumentaram 8,3% em 12 meses, o terceiro item com maior crescimento no período.>
O jantar da véspera de Natal também deve ficar mais caro. O bacalhau e o vinho, tipicamente consumidos na ceia, ficarão 3,6% e 4,4% mais caros, respectivamente. O preço dos enfeites, por outro lado, será 3% mais em conta.>
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Outros produtos também devem ter um preço menor em relação ao Natal do ano passado. Bicicletas (-6,2%) e aparelhos telefônicos (-5,5%) são os itens com as maiores redução da lista.>
Os brinquedos, comumente adquiridos como presente de final de ano para crianças, também terão uma redução se comparados com 2023. Esses itens devem ficar 3,5% mais baratos.>
Itens - Acumulado em 2023 (%) / Projeção para 2024 (%)>
A projeção adotada pela CNC para a inflação geral dos produtos típicos do período é de 5,8%. A confederação estima que a média do aumento a inflação em geral será de 4,9%. Para essa cesta de Natal, foram acompanhadas as variação de preços em 25 categorias.>
Apesar do aumento de preços, a CNC projetou um crescimento de R$ 1,1 bilhão para as vendas de Natal em 2024. Em relação ao ano passado, o faturamento real deve ter alta de 1,3%, já desconsiderando a inflação acumulada no período. A expectativa é de que o feriado natalino alcance R$ 69,75 bilhões em vendas.>
Hipermercados e supermercados são os setores responsáveis pela maior movimentação financeira. No total, esse seguimento deve somar 31,37 bilhões, equivalendo a 45% do total do faturamento projetado. Em seguida, vem o setor de vestuário, com 20,07 bilhões, o que corresponde a 28,8% das vendas esperadas.>
Os valores ainda ficam abaixo do que era gasto pelos consumidores antes da pandemia. Em 2019, por exemplo, a CNC projetou um ganho de R$ 73,74 bilhões no mesmo período. As compras de Natal sempre aquecem o faturamento comércio, que tem um aumento médio de 25% nas vendas entre novembro e dezembro. Pouco mais de 50% das vendas projetadas para 2024 estão concentradas na região Sudeste, que deve ser responsável por um faturamento de R$ 35,38 bilhões.>
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A CNC estimou também a quantidade de contratações temporárias que o setor do comércio deve fazer neste final de ano. Segundo a projeção, serão cerca de 98 mil pessoas contratadas para reforçar as atividades do comércio no Natal. Estima-se também que 7.800 desses trabalhadores serão efetivados. Em relação a 2023, a expectativa é menor. No ano passado, 100,4 mil pessoas foram contratadas como reforço para o período.>
Fabio Bentes, economista da CNC, afirma que a redução tem relação com o aumento do quadro de funcionários ao longo de 2024. "A força de trabalho no setor cresceu cerca de 3%. Nos últimos 12 meses, foram 240 mil vagas criadas. Isso faz com que o setor dependa menos do trabalho temporário neste ano", disse.>
O bom momento do mercado de trabalho também é apontado por Bentes como um dos motivos pelo aumento nas vendas. No terceiro trimestre de 2024, o desemprego caiu para 6,2%, o menor patamar desde o início da série histórica, em 2012.>
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