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Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 11:58
Trabalhadores com carteira assinada vão poder ter acesso a uma nova linha de crédito consignado que está sendo implementada pelo governo federal. Com o novo modelo, será criada uma plataforma virtual de acesso ao crédito consignado para o trabalhador de CLT, com taxas mais baixas. >
Esse sistema será vinculado ao eSocial, mecanismo obrigatório para todas as empresas do país, incluindo micro e pequenas. A previsão é que a nova modalidade seja lançada pelo governo em março. >
Segundo afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a taxa de juros do novo consignado será em torno de 2,5% ao mês. Atualmente, a taxa média de empréstimo concedido para trabalhador do setor privado é de 5,5% mensais. A Selic hoje é de 13,25% ao ano. >
A nova modelagem vai facilitar o acesso ao crédito, visto que os canais dos bancos estarão ligados diretamente ao eSocial, dispensando convênios para concessão de crédito com desconto em folha. Dessa forma, mesmo que a pessoa mude de emprego, o desconto continua sendo aplicado no contracheque. >
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Além disso, haverá uma plataforma em que os trabalhadores poderão comparar as taxas oferecidas pelas diferentes instituições financeiras, ou seja, o trabalhador vai poder negociar com os bancos e receber propostas. E, como o consignado vai direto no eSocial, não importa a empresa em que a pessoa esteja empregada, o desconto será feito na folha de pagamento.>
“Milhões de pessoas que hoje não têm acesso ao crédito consignado passarão a ter um mecanismo moderno, eficiente, transparente, com uma plataforma em que você vai poder comparar as taxas de juros praticadas pelo sistema bancário”, destacou o ministro Fernando Haddad.>
Com a iniciativa, a estimativa é da carteira de crédito passar dos atuais R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões, segundo o presidente-executivo da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney.>
O trabalhador do setor privado que já tem algum crédito contratado vai ter a oportunidade de mudar para a nova modalidade, reduzindo os juros pagos. Segundo Haddad, o trabalhador terá o prazo de 90 dias para trocar o empréstimo de 5,5% por mês para o de 2,5%.>
“Nós vamos dar 90 dias para migrar essa população, que agora tem uma garantia para não pagar os juros que ela está pagando hoje", disse.>
"Independentemente da Selic, você vai estar fazendo uma coisa para o bem da família brasileira. Às vezes, o trabalhador nem sabe quanto está pagando de juro. Ele toma um empréstimo que ele precisa, verifica se a parcela do empréstimo cabe no bolso dele e ele não faz a conta do juro que ele está pagando. Mas nós vamos oferecer para os trabalhadores brasileiros uma coisa inédita que pode alavancar o PIB [Produto Interno Bruto]", completou.>
Com informações da Agência Brasil>
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