Quando ainda estava no ensino médio, o estudante de Contabilidade Bruno Rocha começou a se interessar por economia, política e finanças pessoais. Ao fazer 18 anos, usou o dinheiro que havia guardado para abrir conta em uma corretora de investimentos. "Quebrei a cara algumas vezes, até aprender", admite. Depois de entrar para a faculdade e estudar sobre fundo imobiliário, o jovem afirma que passou a entender melhor o mercado financeiro. Hoje, reduz gastos com diversão para aplicar o dinheiro economizado pensando em planos futuros.
O comportamento de Bruno se assemelha ao de quase metade dos jovens da Geração Z, que inclui os nascidos entre 1997 e 2012, e dos adultos millennials (entre 1981 e 1996). Na pesquisa “Quem são os jovens investidores brasileiros?”, realizada este ano pela Rico, da XP Investimentos, 48% dos entrevistados disseram que deixam de frequentar festas ou sair no fim de semana para ter mais dinheiro para realizar investimentos.
Quando o assunto é alimentação, outros 37% afirmaram que evitam pedir delivery e 33% optam por não comer fora de casa. A pesquisa mostra ainda que 31% dos jovens viajam menos com o objetivo de poupar dinheiro para investir.
Aos 21 anos e prestes a se formar na Fucape, Bruno Rocha diz que investe em fundo imobiliário e renda fixa já pensando na aposentadoria. Além disso, também tem metas de curto e médio prazo, como viagens.
Atualmente, trabalhando e tendo renda fixa, Bruno já passou a programar a quantia que vai separar todo mês para fazer aporte em investimentos. Se algo mais sobrar, é para lá que o dinheiro vai também.
A pesquisa da XP ouviu 1.008 homens e mulheres na faixa etária de 24 a 35 anos, em todo o Brasil, que já realizam qualquer tipo de investimento financeiro.
A pesquisa ainda apontou algumas informações a respeito do comportamento financeiro dos jovens. Boa parte deles (48%) é novo nesse mundo, investindo há menos de três anos.
Aqueles com mais experiência, que investem entre quatro e seis anos, representam 22%, enquanto 21% iniciaram seus investimentos há menos de um ano.
Na hora de escolher as instituições financeiras, metade dos jovens (50%) optam por bancos digitais para fazer os investimentos. Outros 34% preferem utilizar plataformas, enquanto 16% ainda recorrem aos bancos tradicionais.
Outro dado da pesquisa mostra que os investimentos estão na rotina dos jovens. A maioria dos jovens (79%) faz investimentos de maneira programada, ou seja, separa um dinheiro mensalmente para aplicar.
Outros 21% não se programam e investem de forma esporádica, quando conseguem acumular uma maior quantia. Em relação à frequência que realizam novos investimentos, mais da metade dos jovens (65%) faz mensalmente, enquanto 18% realizam aportes semanalmente e 11% investem a cada trimestre.
Redes sociais e influenciadores são a principal fonte de informação para 52% dos jovens, seguidos por cursos sobre investimentos (44%) e assessores financeiros (28%).
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