Produção CBN Vitória / bheleodoro@redegazeta.com.br
Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 06:00
O verão está oficialmente entre nós! Ou seja, está aberta a temporada de calor e mais idas à praia! Mas, se você é do time dos que amam a estação mais quente do ano e não dispensam aquela marquinha de sol, atenção: por mais que o bronze do verão seja tentador, dermatologistas alertam que qualquer exposição solar aumenta os riscos de danos à pele.
Como explica a dermatologista Aparecida Moraes, coordenadora do departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o bronzeado ocorre quando a pele é exposta à radiação ultravioleta (UV) do sol. Os melanócitos - as células responsáveis pela produção de melanina - são estimulados por essa radiação. Para proteger contra os danos da radiação, o pigmento, então, escurece a pele. "A melanina ajuda a proteger as camadas mais profundas da pele de danos celulares. Sob exposição excessiva, a camada de melanina pode não proteger adequadamente, gerando danos irreversíveis".
Aparecida Moraes
DermatologistaPor isso, ainda que o desejo seja aproveitar ao máximo o verão, algumas precauções são importantes para minimizar os danos à exposição solar. Manter a pele hidratada, reforçar o uso de protetor solar e limitar o tempo de exposição são hábitos de vida que protegem a pele e, consequentemente, a saúde.
A dermatologista ainda reforça que o tempo seguro de exposição depende de diferentes fatores, como tipo de pele, a intensidade do sol e o uso de protetor solar. Para a maioria das pessoas, cerca de 15 a 30 minutos de exposição ao sol é suficiente. Ainda que pareça pouco tempo, a médica reforça que é indispensável usar filtro solar e evitar a exposição prolongada para prevenir o risco de queimaduras e o desenvolvimento de câncer de pele.
Lembrando que momento ideal para se expor ao sol é antes das 10h da manhã ou após as 16h. "Nesse período, os raios UV são menos intensos, o que reduz o risco de danos à pele. Durante o pico do dia, entre 10h e 16h, a intensidade da radiação UV é muito alta, aumentando o risco de queimaduras solares e danos a longo prazo", reforça.
Para os que torcem o nariz achando que o protetor solar é inimigo do bronze, a dermatologista lembra que o filtro solar não impede totalmente o bronzeamento, mas ajuda a proteger a pele dos danos causados pelos raios UV. "É importante escolher um protetor solar com o fator de proteção adequado (FPS) para o seu tipo de pele e reaplicar o produto a cada 2 horas", detalha.
O dermatologista Denis Ricardo Miyashiro, assessor do departamento de Oncologia Cutânea da SBD, complementa e explica para peles claras, por exemplo, a recomendação é um filtro solar com FPS 30 ou superior. Já para peles mais escuras, um FPS 15 ou 20 pode ser suficiente. "O protetor solar não impede totalmente o bronzeado, mas protege contra os danos causados pela radiação UV", diferencia.
Por mais atrativo e inofensivo que o bronze do verão pareça, o dermatologista Denis Ricardo Miyashiro destaca que os danos causados pelo bronzeamento e pela exposição excessiva ao sol são cumulativos e podem causar efeitos prejudiciais a longo prazo. "Mesmo após o bronzeado descamar, os danos podem persistir e se acumular ao longo dos anos", explica.
Os maiores riscos de se expor ao sol sem proteção incluem:
Denis Ricardo Miyashiro
DermatologistaAlém do uso de protetores solares, alguns alimentos também ajudam a prevenir os danos causados pela exposição solar e auxiliam a prolongar o bronzeado. De acordo com o dermatologista, alimentos ricos em antioxidantes, como vitaminas C e E, betacaroteno e licopeno são os mais indicados. Esses nutrientes estão presentes em frutas, como tomates e melancia, e legumes, como cenouras, abóbora e espinafre.
"Podem ajudar a proteger a pele contra os danos dos raios UV e promover um bronzeado mais duradouro. Esses nutrientes ajudam a neutralizar os radicais livres e a reduzir a inflamação causada pela exposição solar", explica Denis Ricardo Miyashiro.
Para os dermatologista da SBD, outra alternativa para quem deseja o bronze do verão é o uso de autobronzeadores. A formulação desses produtos contém dihidroxiacetona (DHA), o que oferece um bronzeado temporário sem a necessidade de exposição ao sol. "A DHA reage com proteínas da pele produzindo um pigmento e causando o efeito de cor bronzeada", explica Denis Ricardo Miyashiro.
Ainda assim, esse tipo de produto não protege totalmente contra os danos dos raios UV. Por isso, o uso de filtros solares é indispensável. "Esses produtos são eficazes para proporcionar uma cor temporária à pele sem a necessidade de exposição ao sol, mas a exposição solar sem proteção continua a ser arriscada", completa Aparecida Moraes.
Após a exposição ao sol, é importante:
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta