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Flávia Monteiro revela diagnóstico de câncer de pele; entenda a doença

Flávia Monteiro revela diagnóstico de câncer de pele; entenda a doença

Os cânceres de pele ocorrem devido a replicação desordenada das células da pele, levando a formação de um tumor maligno. Qualquer lesão que coce, doa, sangre ou que aumente de tamanho com rapidez é preocupante.

Publicado em 20 de maio de 2025 às 20:45

Flávia Monteiro
Flávia Monteiro foi diagnosticada com um melanoma Crédito: Reprodução @Fláviamonteiro

A atriz Flávia Monteiro, de 52 anos, foi diagnosticada com um melanoma, um tipo grave de câncer de pele, e, após o tratamento, resolveu expor a doença. "Inicialmente, achei que fosse uma pinta, mas era um melanoma. Tive que fazer uma operação, e isso coincidiu justamente com a época do documentário. Meu médico me proibiu de dançar", disse em entrevista ao site Heloisa Tolipan.

O câncer, segundo Flávia Monteiro, foi descoberto quando ela decidiu consultar sua dermatologista ao aparecer uma pinta na perna. "Era uma micro pinta na região do joelho. Fui à dermatologista e ela achou esquisita. Pediu uma biópsia e um exame histológico. Disse: ‘Vamos tirar para a gente fazer a biópsia, porque não estou gostando’. No fim, acabamos retirando. Era um melanoma de grau dois. Fiquei com um talho na perna gigantesco. Mas, de todo modo, imagina se eu não tivesse visto". Ela não precisou fazer quimioterapia nem radioterapia após o diagnóstico, mas continua até hoje em acompanhamento médico.

Entenda a doença

Os cânceres de pele ocorrem devido a replicação desordenada das células da pele, levando a formação de um tumor maligno. O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo e letal. “O melanoma maligno avançado é uma doença muito agressiva, historicamente com prognóstico ruim, possuindo alto risco de metástase se não for identificado precocemente. Já os tumores de pele não melanoma, como o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular, são os mais comuns”, explica o oncologista Ramon Andrade de Mello, do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo). 

Segundo o médico, existem vários fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele, incluindo histórico familiar, alterações genéticas, fototipo de pele e, principalmente, exposição solar demasiada com ausência do uso de protetor solar. “A exposição solar desprotegida é realmente preponderante para o desenvolvimento do câncer de pele. Isso é especialmente preocupante no Brasil, onde a incidência de radiação solar é muito elevada”, diz o oncologista.

Por esse motivo, os cuidados com a fotoproteção são as principais medidas preventivas contra o câncer de pele. “Para evitar danos, é necessário aplicar diariamente um protetor solar com, no mínimo, FPS 30. Além disso, o produto deve ser reaplicado de duas em duas horas em ambientes abertos e de quatro em quatro horas em ambientes fechados. É importante também evitar a exposição solar entre 10h e 16h da tarde, período em que a radiação solar é mais forte. Nesse horário, prefira a sombra”, aconselha a dermatologista Claudia Marçal. 

De acordo com Ramon, como a maioria das neoplasias, o câncer de pele é uma doença silenciosa. “Porém, pode se manifestar através do desenvolvimento de alterações da pele, como sinais e pintas desproporcionais”, explica o médico. Por isso, o autoexame da pele é tão importante, auxiliando na detecção precoce da doença, o que eleva as chances de cura para mais de 90%, segundo a dermatologista.

O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, com uma grande quantidade de pintas, que se expuseram excessivamente ao sol antes dos 30 anos ou sofreram queimaduras

Claudia Marçal

Dermatologista

A dermatologista reforça que o exame deve ser realizado preferencialmente uma vez por mês. “Em frente ao espelho em um lugar com boa iluminação, comece examinando o rosto, principalmente nariz, lábios, boca e orelhas, além do couro cabeludo, o que pode ser feito com ajuda de um pente para separar os fios. Em seguida, foque no pescoço, peito e tórax e não se esqueça da nuca e abaixo dos seios. Nos braços, verifique axilas, antebraços, cotovelos e mãos, inclusive entre os dedos. Com a ajuda do espelho ou de outra pessoa, atente-se às costas, nádegas e pernas. Sente-se para olhar também o interno das coxas, área genital, tornozelos e pés, incluindo a sola e o espaço entre os dedos”, detalha Claudia Marçal.

Durante o autoexame, seu objetivo é verificar a existência de lesões preocupantes, usando a regra ABCD (assimetria, borda, cor e diâmetro). “Dividimos a lesão em quatro partes iguais e comparamos os quadrantes. Caso a pinta seja assimétrica, tenha bordas irregulares, várias cores ou diâmetro maior que 6 mm, é motivo de atenção", comenta Claudia. Qualquer lesão que coce, doa, sangre ou que aumente de tamanho com rapidez também é preocupante. Ao notar qualquer um desses sinais, é importante buscar um médico. “A dermatoscopia é um dos principais exames utilizados para identificar lesões suspeitas na pele. Porém, somente a biópsia dessa lesão é que vai definir o diagnóstico”, destaca Ramon Andrade de Mello.

O oncologista explica que, uma vez confirmado o diagnóstico de câncer, o tratamento será definido caso a caso. “Via de regra, o tratamento padrão para o câncer de pele é a cirurgia, mas a quimio e a imunoterapia também podem ser indicadas, além das terapias-alvo, uma abordagem inovadora que representa um grande avanço tecnológico para a oncologia. Com elas, é possível localizar os alvos celulares e manipulá-los para impedir o desenvolvimento dos tumores”, detalha Ramon Andrade de Mello.

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