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Publicado em 27 de agosto de 2025 às 14:38
A empresária Val Marchiori, 50 anos, contou que recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Ela postou o relato em um vídeo no Instagram. Emocionada, Val contou que sempre teve medo de fazer mamografia e que se arrepende de não ter feito o procedimento há mais tempo. A descoberta de um nódulo suspeito na mama direita levou à necessidade de uma biópsia, que confirmou a presença de um tumor maligno.>
"Então, gente, vocês que sempre me veem aí fazendo festas, sempre arrumada, bonita, hoje eu estou aqui pra dar uma notícia não tão boa. Eu fui fazer um exame de rotina e eu sempre tive medo de fazer mamografia. Por isso que eu estou aqui falando sobre isso", iniciou.>
Segundo a empresária, a identificação de um nódulo suspeito em sua mama direita levou à realização de uma biópsia, que confirmou o diagnóstico: "Eu fiz o exame de mamografia, aí eu tive que fazer uma biópsia por causa de um nódulo suspeito da mama direita. E hoje, infelizmente, saiu o resultado que é um tumor maligno né, que é um câncer de mama".
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A mamografia é um exame simples e tem como propósito rastrear o câncer de mama por meio da identificação de nódulos nos seios, antes mesmo de serem palpáveis. Por meio dela, é possível identificar microcalcificações precocemente e, quanto mais cedo o câncer for descoberto, maiores são as chances de cura.>
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A mastologista Karolline Coutinho Abreu Vilela diz que a mamografia é o principal exame de imagem utilizado tanto para o rastreamento quanto para o diagnóstico do câncer de mama. "Ela utiliza baixas doses de radiação para produzir imagens detalhadas do tecido mamário, capazes de revelar nódulos, calcificações ou outras alterações, muitas vezes antes de serem percebidas ao toque".>
O Ministério da Saúde recomenda que o exame ocorra a cada dois anos, em mulheres de 50 a 69 anos. Mas com base no impacto comprovado da mamografia anual na redução da mortalidade por câncer de mama, as principais sociedades médicas — como o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) — recomendam que mulheres assintomáticas e com risco habitual façam o exame a partir dos 40 anos. Trata-se da estratégia de rastreamento mais eficaz disponível atualmente para essa população. "Estudos comprovam que fazer mamografia anualmente a partir dos 40 anos reduz a mortalidade por câncer de mama", diz a mastologista.>
"O exame permite identificar lesões em estágios iniciais, o que muitas vezes possibilita cirurgias menores e mais conservadoras, além de reduzir a necessidade de tratamentos com a quimioterapia", diz a médica.>
Durante a mamografia, o seio é colocado entre as duas placas do mamógrafo, que comprimem as mamas e emitem raios-X para produzir as imagens. O processo pode ser desconfortável devido a compressão, e algumas mulheres podem sentir dor pontualmente, principalmente se estiverem no período menstrual. "Para obtermos imagens de boa qualidade, precisamos comprimir as mamas durante o exame, o que pode gerar algum desconforto. Porém, na maioria dos casos, a dor é leve e suportável, durando apenas alguns segundos", explica a médica. Mediante prescrição médica, a mamografia é oferecida gratuitamente pelo SUS.>
A mastologista Rovena Scardini de Léo ressalta que o autoexame é uma opção que pode ajudar as mulheres a perceberem mudanças nas mamas, mas ele não substitui a mamografia. "O exame de imagem é capaz de detectar alterações muito pequenas, ainda não palpáveis, e por isso é essencial como método de rastreamento".>
Mesmo em mulheres com mamas densas, ela continua sendo o exame de referência (padrão ouro) para a detecção precoce da doença. "Pacientes com mamas densas poderão se beneficiar ao complementarem o rastreamento com outros métodos de imagem, como a ultrassonografia ou a ressonância magnética, conforme o perfil de risco individual", diz a médica.>
Ela ressalta que a mamografia não impede que o câncer apareça, mas permite identificá-la ainda em fases iniciais, o que aumenta as chances de um tratamento eficaz e de cura.
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