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Plogging: correr e recolher lixo na praia (ou qualquer lugar) é a nova mania

Plogging: correr e recolher lixo na praia (ou qualquer lugar) é a nova mania

Conheça a atividade que faz bem para a saúde e ainda ajuda o meio ambiente

Publicado em 22 de junho de 2019 às 13:21

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Grupo de amigos participa das ações do plogging: corrida com pegada ecológica. (Bernardo Coutinho)

A dica é para quem gosta de correr, mas quer sair da mesmice. Que tal enquanto você cuida da saúde aproveitar para ajudar o meio ambiente? Essa combinação, que tem tudo a ver, tem um nome: plogging, uma tendência fitness que veio da Europa e já fez adeptos aqui no Estado.

O nome “plogging” é a junção dos termos “plocka up”, que é “recolher” em sueco, e “jogging”, que é aquela corridinha leve. A ideia surgiu na Suécia, considerado um dos países mais sustentáveis do mundo. Mas conquistou milhares de pessoas interessadas em unir o prazer de se exercitar com o amor pela natureza.

Já tem gente praticando por aqui. “A gente já fez três edições, duas na orla de Vila Velha e uma em Vitória. Chegamos a reunir entre 15 a 20 ‘ploggers’, que são as pessoas que vão dar essa corridinha na praia e, ao mesmo tempo, catar o lixo que encontram pela frente”, conta Thaynara Fumiere, que é educadora física, empresária e idealizadora do plogging.

Sacolas

Segundo ela, não é preciso levar nada além de sacola para colocar a sujeira. “Na verdade, o lixo que a gente recolhe é aquele que ninguém cata, que é bituca de cigarro, pedacinho de plástico... Mesmo assim, a gente enche, em média, de dois a três sacos grandes de lixo”.

Você vai correndo, suando, gastando calorias e deixando o caminho limpo para trás. “É uma atividade que cansa bastante. Além de fazer o trote, tem que se abaixar toda hora para pegar o lixo, o que gera um alto gasto calórico. A ideia não é ir andando e parando demais. Tem que seguir o fluxo, catar o lixo que vir pela frente e seguir o caminho”, comenta Thaynara.

Como, infelizmente, não é difícil avistar sujeira por aí, qualquer lugar pode servir de cenário para essa corrida ecológica. Sozinho ou em grupo, basta percorrer ruas, parques e praças e dar aquela força na limpeza. Você vai emagrecer e, de quebra, praticar uma boa ação como cidadão.

“O plogging pode ser considerado uma atividade física. Acredito muito nessa ação para tirar várias pessoas do sedentarismo, que podem fazer o que é considerado o mínimo de atividade física pela Organização Mundial de Saúde, que é de 150 minutos semanais”, diz Thaynara.

Para ela, a modalidade não deve ser encarada como uma modinha. “É um estilo de vida mesmo. Quem pratica são pessoas que têm consciência de que manter uma atividade física e um ambiente limpo é mais saudável. E o legal é criar o hábito de sempre carregar uma sacola para pegar o lixo, por exemplo, ao sair para passear com o cachorro na rua”, sugere.

Aceitação

Tiago Cardozo, 30 anos, que divide a coordenação dessas ações com Thaynara, diz que não é muito difícil convencer as pessoas a encarar o plogging.

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“A aceitação é geralmente boa! Até porque, além de fazer uma atividade física que traz um benefício próprio, a pessoa sente que está contribuindo um pouco para ajudar o meio ambiente. Tem esse apelo ecológico forte. Quem vai a primeira vez quer participar sempre”, comenta Tiago, que é empresário e paraquedista.

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