A dica é para quem gosta de correr, mas quer sair da mesmice. Que tal enquanto você cuida da saúde aproveitar para ajudar o meio ambiente? Essa combinação, que tem tudo a ver, tem um nome: plogging, uma tendência fitness que veio da Europa e já fez adeptos aqui no Estado.
O nome plogging é a junção dos termos plocka up, que é recolher em sueco, e jogging, que é aquela corridinha leve. A ideia surgiu na Suécia, considerado um dos países mais sustentáveis do mundo. Mas conquistou milhares de pessoas interessadas em unir o prazer de se exercitar com o amor pela natureza.
Já tem gente praticando por aqui. A gente já fez três edições, duas na orla de Vila Velha e uma em Vitória. Chegamos a reunir entre 15 a 20 ploggers, que são as pessoas que vão dar essa corridinha na praia e, ao mesmo tempo, catar o lixo que encontram pela frente, conta Thaynara Fumiere, que é educadora física, empresária e idealizadora do plogging.
Sacolas
Segundo ela, não é preciso levar nada além de sacola para colocar a sujeira. Na verdade, o lixo que a gente recolhe é aquele que ninguém cata, que é bituca de cigarro, pedacinho de plástico... Mesmo assim, a gente enche, em média, de dois a três sacos grandes de lixo.
Você vai correndo, suando, gastando calorias e deixando o caminho limpo para trás. É uma atividade que cansa bastante. Além de fazer o trote, tem que se abaixar toda hora para pegar o lixo, o que gera um alto gasto calórico. A ideia não é ir andando e parando demais. Tem que seguir o fluxo, catar o lixo que vir pela frente e seguir o caminho, comenta Thaynara.
Como, infelizmente, não é difícil avistar sujeira por aí, qualquer lugar pode servir de cenário para essa corrida ecológica. Sozinho ou em grupo, basta percorrer ruas, parques e praças e dar aquela força na limpeza. Você vai emagrecer e, de quebra, praticar uma boa ação como cidadão.
O plogging pode ser considerado uma atividade física. Acredito muito nessa ação para tirar várias pessoas do sedentarismo, que podem fazer o que é considerado o mínimo de atividade física pela Organização Mundial de Saúde, que é de 150 minutos semanais, diz Thaynara.
Para ela, a modalidade não deve ser encarada como uma modinha. É um estilo de vida mesmo. Quem pratica são pessoas que têm consciência de que manter uma atividade física e um ambiente limpo é mais saudável. E o legal é criar o hábito de sempre carregar uma sacola para pegar o lixo, por exemplo, ao sair para passear com o cachorro na rua, sugere.
Aceitação
Tiago Cardozo, 30 anos, que divide a coordenação dessas ações com Thaynara, diz que não é muito difícil convencer as pessoas a encarar o plogging.
A aceitação é geralmente boa! Até porque, além de fazer uma atividade física que traz um benefício próprio, a pessoa sente que está contribuindo um pouco para ajudar o meio ambiente. Tem esse apelo ecológico forte. Quem vai a primeira vez quer participar sempre, comenta Tiago, que é empresário e paraquedista.
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