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Como fazer com que irritações não nos transformem em pessoas 'chatas'?

Como fazer com que irritações não nos transformem em pessoas "chatas"?

A psicóloga Adriana Müller destaca que, durante essa pandemia, estamos nos tornando mais observadores das situações desagradáveis do nosso convívio

Publicado em 27 de agosto de 2020 às 17:30

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Mulher furiosa ao telefone celular - Raiva
De acordo com Adriana, a vida é repleta de frustrações e decepções cotidianas, replanejamento, cobrança das pessoas e situações desagradáveis. (Arabson)

Ninguém quer ficar perto daquele amigo chato e muito menos deseja ser uma pessoa desagradável, não é mesmo? Mas em alguns comportamentos realizados em nosso dia a dia podemos deixar escapar algumas situações em que somos considerados um indivíduo não muito agradável em se ter por perto. Como deixar que as pequenas irritações cotidianas não nos transformem em pessoas chatas?

Segundo a psicóloga Adriana Müller, comentarista da Rádio CBN Vitória, durante essa pandemia do novo coronavírus, pelo isolamento social imposto, estamos nos tornando mais observadores em relação às atitudes das pessoas que convivem diretamente conosco. Em entrevista ao jornalista Fábio Botacin, durante o quadro CBN e a Família desta quinta-feira (27), a psicóloga ressalta que, diante dessa ocorrência, não apenas percebemos que outros são “chatos”, mas também nos revelamos pessoas não muito agradáveis.

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A vida é repleta de frustrações e decepções cotidianas, com cobrança das pessoas, barulhos dos vizinhos e situações desagradáveis. Antes da pandemia, com a grande correria, não percebíamos tanto essas situações em nossa volta e conseguíamos mudar o foco saindo de casa, mas com o isolamento isso mudou

Adriana Müller
Psicóloga 
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Adriana destaca que anteriormente, ao perceber uma situação desagradável, uma estratégia de uso frequente e funcional para lidar com isso era o ato de "mudar de foco". "A gente saía e ia realizar uma outra atividade longe do que considerávamos desagradável,  como ir correr na praia, canalizávamos as energias tentando disfarçar algo que incomodava. Mas atualmente, temos que conviver com o que irrita", destaca. 

De acordo com Adriana, em sua entrevista à CBN, temos que entender que a irritação faz parte da vida. Momentos desagradáveis existiam há muitos anos, existem nos tempos atuais e existirão depois. Por isso, temos que controlar a irritabilidade, que segundo a psicóloga, não pode vir à tona toda hora nem pode ser muito intensa, para não gerar brigas constantes. 

O QUE FAZER PARA EVITAR SITUAÇÕES DESAGRADÁVEIS 

  • 01

    Escolher que atitude tomar diante de um problema

    Escolher não reagir e/ou agir, ou seja, não ficar preso no problema. Diante da situação que está me deixando irritado, antes de estourar, eu olho para a situação, respiro e tento relevar. "Isso é grande o suficiente ou posso passar por cima? Posso resolver? De que forma?"

  • 02

    Não ficar preso no problema e transferir para os outros

    Em algum momento mais tranquilo, em vez de brigar, discutir ou atrapalhar, podemos conversar sobre o assunto, dizer por que isso me incomoda. Uma pessoa apresenta o seu ponto de vista e escuta o ponto de vista do outro, resolvendo o acordo entre as duas partes. 

  • 03

    Desviar o foco do problema

    Em vez de "bater sobre a mesma tecla", é necessário se afastar. Realizar outra atividade, como por exemplo escutar uma música que você gosta — com o fone de ouvido para não incomodar os outros — tentar relaxar com meditação, realizar uma atividade manual, assistir a um vídeo mais tranquilo, procurar algo que traga prazer.

  • 04

    Lembrar que você não quer ser "chato"

    Tente modificar os pontos negativos que incomodam, que tornam você uma pessoa “chata”. Ao entender por que motivo você está com os sentimentos ruins e, possivelmente, os transferindo para outras pessoas, temos outra percepção dos fatos.

Adriana ressalta que sempre existe um jeito de tentar modificar o sentimento negativo que está relacionado com a personalidade. “Não queremos conviver com pessoas chatas, por isso é sempre bom olhar para nossas atitudes, sem ficar presos pelas preocupações e ações, é sempre bom ser uma pessoa interessante”, destaca.

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