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Álcool em gel: produto produz chama invisível e exige cautela

Álcool em gel: produto produz chama invisível e exige cautela

Corpo de Bombeiros explica que produto é altamente inflamável. Mulher teve queimaduras nas mãos e braços após usar o álcool e ir cozinhar

Publicado em 9 de abril de 2020 às 09:01

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Por causa da pandemia, muita gente fez um estoque de álcool em gel. Tem na bolsa, no caso, em tudo quanto é canto da casa. O produto que é tão eficiente para evitar o contágio por coronavírus e outras doenças também é extremamente perigoso. Há casos já de pessoas com queimaduras graves. Isso porque o álcool em gel é altamente inflamável e, em contato com o fogo, produz uma chama invisível.

Álcool em gel
Álcool em gel. (Jason Jarrach/ Unsplash)

Na última quinta-feira (2), uma mulher foi internada no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, com queimaduras de terceiro grau nas mãos e nos braços após passar álcool em gel e ir para o fogão cozinhar.

De acordo com o tenente-coronel Carlos Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros, depois de passar o produto nas mãos a pessoa deve ter cuidado ao acender um cigarro ou ao manusear o fogão, por exemplo.

“O risco é maior de queimadura e de explosão”, afirma ele.

O tenente-coronel lembra que o álcool em gel não deve ser usado para assepsia em casa. “As pessoas têm que ter em mente que em casa a melhor forma de higienizar as mãos é com água e sabão. Isso é suficiente para matar o vírus. O álcool em gel deve ser levado para a rua, onde nem sempre haverá uma torneira por perto”.

Se a pessoa usou o álcool nas mãos, o cuidado que se deve ter, ao chegar é casa é lavar bem as mãos. “O álcool é volátil, seca rápido. Mas se a pessoa manusear esse álcool e for cozinhar, pode sofrer uma queimadura. Ou então, o produto pode grudar no tecido da roupa, numa manga de camisa comprida”, alerta Borges.

Ele reforça também a importância de deixar esse tipo de produto longe das crianças. “Elas estão em casa e recebem vídeos de WhatsApp, acabam sendo atraídas para o álcool. Podem querer passar nas mãos, no corpo, mexer com fogo. O álcool, tanto o em gel quanto o líquido, deve ser afastado das crianças. Deve ser guardado em local elevado, com porta fechada e longe do ambiente de cozinha”.

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Outro alerta que o tenente-coronel faz é para quem deixa o frasco de álcool em gel no carro. "Temos temperaturas elevadas em nosso Estado. Em um dia muito quente, o álcool pode entrar em combustão e isso iniciar um incêndio no veículo", frisa ele.

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