O Clubhouse, rede social de conversas apenas por voz, tem despertado a atenção dos brasileiros. Por enquanto, para participar da nova rede social é preciso receber um convite de alguém que já esteja na plataforma, além de ser usuário do iOS. Os critérios de exclusividade fizeram disparar o interesse pelo aplicativo na internet.
De acordo com o Google, as buscas por “aplicativo Clubhouse” cresceram 525% no Brasil em uma semana. O aumento repentino está ligado ao uso da plataforma por celebridades. Personalidades como Oprah Winfrey, Drake e Ashton Kutcher já entraram na onda. No Brasil, Boninho, o diretor do Big Brother Brasil, também alavancou o interesse pelo aplicativo ao conversar sobre o reality show.
A especialista em Estratégia, Tráfego e Social Media Mayka Schneider explica que o Clubhouse é uma rede social de áudio. "Onde pessoas criam salas de bate-papo públicas, e conversam como se fosse um 'call'. O participante pode escolher moderadores e quem está na sala pode levantar a mão para falar ou seguir ouvindo o bate-papo".
O crescimento da plataforma disparou depois que Elon Musk participou de uma conversa inesperada no app. O bilionário participou de um evento regular do Clubhouse chamado “The Good Time Show”, comandado pelo casal Sriram Krishnan e Aarthi Ramamurthy, em 31 de janeiro. Depois de responder questões sobre colonização de Marte, seu interesse por criptomoedas e sobre a distribuição de vacinas, Musk convidou o presidente-executivo da plataforma de investimentos Robinhood para falar. A interação entre os dois empresários na plataforma aconteceu em meio a um intenso interesse por notícias sobre a Robinhood.
Saiba mais sobre a novidade:
A plataforma permite que usuários participem de salas de bate-papo com duração pré-determinada, desde pequenas conversas a palestras e discussões maiores com autoridades e especialistas, com a presença de milhares de usuários ouvintes. Em salas menores, todos os participantes podem ficar com o microfone aberto, caso o moderador permita. "A pessoa precisa ser convidada e ter um celular da Apple, pois é somente para o sistema operacional iOS. Quando você faz o perfil imediatamente pode convidar mais duas pessoas para ser um #ClubHouser como você", diz Mayka Schneider.
Por enquanto, o Clubhouse só está disponível para iPhones e é preciso ter um um convite para entrar. Mayka explica que, quem ainda não tem, pode baixar o aplicativo e registrar o seu @ (nome de usuário). "Fiz o meu em janeiro, pois minhas redes sociais todas são padronizadas com o @maykaschneider".
A profissional sugere divulgar nos stories e em grupo de WhatsApp o desejo de receber o convite. "Muitas vezes aparece uma oportunidade e seus seguidores e amigos já colocam sua necessidade no radar de percepção deles. Ganhei mais 4 convites por ter interagido no fim de semana e fui premiada para trazer mais gente. Coloquei nos meus stories e em 1 minuto as 4 vagas esgotaram".
Participar da rede social dá a sensação de exclusividade. "Este gatilho desperta o lado esnobe do ser humano. Se uma pessoa tem acesso exclusivo a uma informação, ou mesmo a um app, ela tende a se sentir superior aos outros. É uma sensação de privilégio", diz Mayka Schneider.
"É Muito diferente! Não existe imagens, vídeos, fotos perfeitas e filtros… É a sua voz, e o que você tem dizer que desperta o interesse. E o seu conteúdo que será relevante, basta conseguir articular bem as ideias. É o momento em que a pessoa comum é ouvida", explica a especialista.
Ela conta que em muitas salas que participou até o momento, tiveram pessoas comuns falando sobre um determinado assunto. "E a gente nem percebeu, só quando ela mencionou, pois só aparece a foto e o primeiro nome de quem tá falando. Uma troca incrível! No sábado participei de uma sala chamada “All Things Social Media - ATSM” com Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, Instagram e Whatsapp", conta.
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