Publicado em 17 de julho de 2020 às 19:58
A pandemia chegou e com ela uma crise econômica que está sendo sentida por todos neste momento. Por isso, é importante bater um papo sobre dinheiro com as crianças, algo mais profundo que o tradicional cofrinho, o caminho é a mudança de hábitos. >
Apesar de estar longe do cenário ideal, a redução dos salários, ou até mesmo a demissão, podem ser fatores que impulsionam as famílias a repensarem a importância de educar financeiramente os filhos. Diante dos problemas com finanças o melhor é ensinar a criança a construir soluções. Evite fingir que está tudo bem. Ao crescer, elas terão os próprios problemas. Se souberem lidar com eles, melhor, pontuou a economista Cecília Perini.>
Segundo ela, que também é educadora financeira, a forma como os pais lidam com dinheiro influencia diretamente os filhos. É mais do que dar mesada. É ensinar princípios. Crianças aprendem sobre finanças dentro de casa. Se a situação é de crise, use o problema para instruir seu pequeno a organizar os recursos disponíveis e a definir prioridades, recomendou. >
Cecília Perini
Economista e Educadora FinanceiraCecília explica que o aprendizado precisa ser compatível com a idade da criança, mas defende uma conversa franca sobre a situação do orçamento doméstico. Seria esse o primeiro passo. Nesse bate-papo, motive a criança a acreditar que dias melhores virão e, claro, deixe ela participar dessa fase definindo algum tipo de contenção de gasto, disse.>
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O filho pode ser o responsável por administrar, por exemplo, quanto tempo cada um vai ficar no chuveiro. Torne isso divertido. Dê um apito à criança e peça a ela para marcar 10 minutos no banho de cada membro da casa. Depois, ajude ela a registrar o quanto foi economizado com aquela redução. No final do mês faça o balanço do quanto custou e o quanto ela ajudou a economizar , ensinou.>
Ainda pensando em tornar o momento divertido, aí vão algumas dicas de jogos super úteis pra tratar o assunto, literalmente, brincando:>
Bankids>
Com a ajuda dos pais, crianças de até 12 anos podem abrir uma conta em um banco virtual (de mentirinha), o Bankids, e aprender sobre rendimentos, investimentos e tributos. O jogo consiste em participar das atividades propostas pelo site, cumprindo as tarefas, a criança ganha patakos, a moeda oficial do banco de brincadeira.>
Monopoly>
O tradicional jogo de tabuleiro é recomendado para crianças a partir de 8 anos, mas os adultos também podem entrar na brincadeira. Ele também ensina a poupar e gerir investimentos com a compra das propriedades e as rendas que podem chegar futuramente. A dinâmica ajuda a treinar a capacidade de negociação e a gestão da poupança, por exemplo. Isso porque cada jogador deve se resguardar, guardando dinheiro suficiente para pagar uma renda, caso caia na casa de um adversário.>
Jogo dos Quatro Porquinhos>
Com o objetivo de ensinar crianças a partir de 4 anos a lidar com dinheiro, o Jogo dos quatro porquinhos. A brincadeira consiste em montar um circuito com quatro tarefas que representem o trabalho. As crianças devem realizar tarefas para as quais elas dediquem tempo e esforço. Cada tarefa corresponde a uma quantia de Monreais (moeda fictícia). A criança deve ter 4 cofres (porquinhos) diferentes para guardar as quantias conquistadas: Sra. Agora, Sr. Desejo, Sr. Futuro e Sr. Bonzinho. >
A Sra. Agora cuida das pequenas coisas do hoje, tudo o que a criança quer a curto prazo. Um lanche na escola, um picolé, pequenos gastos do dia a dia. O Sr. Desejo é responsável pelos objetivos de médio prazo como um brinquedo que seu filho quer muito, mas vai ter que juntar dinheiro para comprar. Já o Sr. Futuro é o mais previdente de todos. Ele serve para ensinar a criança sobre objetivos de longo prazo e investimento, como guardar dinheiro para uma viagem ou um curso, por exemplo. E, por último, o Sr. Bonzinho administra o dinheiro da doação para aqueles que não tem muita coisa.>
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