Publicado em 10 de junho de 2020 às 14:28
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira, 10, que as vacinas contra a covid-19 na linha de frente das pesquisas em andamento seguirão para testes clínicos "em breve". Ele não mencionou, porém, prazos ou expectativas para uma eventual vacina eficiente para a doença. >
Durante entrevista coletiva da entidade, Ghebreyesus disse que há "mais de 37 países" envolvidos no ensaio clínico Solidariedade da OMS, inclusive da América Latina.>
No caso das vacinas, ele notou que a entidade não tolerará qualquer teste direcionado para alguma população ou país como "cobaia", mas buscará garantir que os protocolos sejam usados e aplicados da mesma maneira em todas as nações envolvidas.>
Em outro momento, o diretor-geral pediu que exista um compromisso político dos países para que, quando uma vacina for encontrada, ela esteja disponível para todos.>
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Diretor executivo da OMS, Michael Ryan foi questionado sobre um estudo da Escola de Medicina de Harvard, segundo o qual o novo coronavírus poderia ter surgido antes do que se sabe na China. "Não há evidência per se do que o que foi suposto de fato ocorreu", afirmou Ryan sobre o assunto.>
O estudo usava imagens de satélite para monitorar o tráfego em seis hospitais de Wuhan, epicentro da pandemia, e descobriu um aumento significativo do tráfego nesses centros a partir de agosto, com pico em dezembro.>
Ryan disse que a investigação mostrava um uso interessante de informações do tipo, mas pediu "cautela quando se faz essas associações" de que a covid-19 teria então surgido antes.>
O diretor executivo disse que já houve análise exaustivas sobre as informações disponíveis sobre o novo coronavírus, para buscar as respostas sobre ele, mas disse que a OMS não "especularia" sobre essas conclusões do estudo citado.>
O governo da China rejeitou na terça a conclusão da pesquisa.>
Ryan afirmou que há "muitas outras considerações que devem ser feitas", além da taxa de ocupação de UTIs, para se decidir sobre o relaxamento da quarentena, diante da pandemia de coronavírus. "Se tivesse 1 milhão de leitos de UTI, está tudo bem se tiver 1 milhão de pacientes em estado grave?", questionou, durante entrevista coletiva da entidade.>
Ele admitiu que muitos países "enfrentam escolhas muito difíceis" nesse processo de reabertura e também lembrou o impacto econômico com as medidas de distanciamento social.>
Ryan lembrou ainda que muitos países tiveram de recorrer às quarentenas por estarem em um quadro de rápida disseminação da doença e sem controle sobre por onde exatamente o vírus circulava.>
Além disso, apontou que as nações escolheram estratégias distintas, com mais ou menos controle da população. Segundo ele, os países que agiram mais cedo e de modo abrangente tenderam a fazer menos quarentenas rígidas para proteger seus sistemas de saúde. "O tempo dirá quem fez isso na hora certa e na melhor combinação", disse.>
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