Publicado em 25 de março de 2020 às 14:49
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou esta quarta-feira um plano global de resposta humanitária de US$ 2 bilhões para combater o covid-19 em vários países mais vulneráveis do mundo. >
O novo coronavírus já infetou mais de 400 mil pessoas e causou mais de 16 mil mortes. Com presença em quase todo o mundo, está agora chegando a países que já enfrentavam crises humanitárias por causa de conflitos, desastres naturais e mudanças climáticas.>
RESPOSTA>
O plano será implementado pelas agências da ONU, em parceria com ONGs internacionais.>
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A iniciativa pretende fornecer equipamento de laboratório essencial para testar o vírus e suprimentos médicos, instalar estações de lavagem de mãos em assentamentos e lançar campanhas de informação. Também deve ajudar a estabelecer pontes aéreas em toda a África, Ásia e América Latina para movimentar trabalhadores humanitários e suprimentos.>
O plano foi lançado, na internet, pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. De diferentes locais, participaram também os chefes do Escritório da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, Ocha, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e da Organização Mundial da Saúde, OMS.>
IMPORTÂNCIA>
António Guterres disse que o covid-19 está ameaçando toda a humanidade e, por isso, toda a humanidade deve reagir. Segundo ele, as respostas individuais de cada país não serão suficientes.>
O chefe da ONU afirmou que é uma questão de solidariedade humana básica ajudar os mais vulneráveis, milhões e milhões de pessoas que são menos capazes de se proteger.>
Já o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, lembrou que o vírus já mudou a vida em alguns dos países mais ricos do mundo e agora está chegando a lugares onde as pessoas vivem em zonas de guerra, não têm acesso fácil à água potável e ao sabão e não têm esperança de uma cama de hospital se ficarem gravemente doentes.>
Lowcock disse que esquecer os países mais pobres do mundo seria cruel e imprudente. Além disso, colocaria milhões de vidas em risco e regiões inteiras ficariam numa situação de caos.>
SAÚDE>
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, explicou que o vírus está se espalhando em países com sistemas de saúde fracos, incluindo alguns que já estão enfrentando crises humanitárias. Para Tedros, é importante que o combate a esta pandemia não aconteça às custas de outras emergências de saúde humanitária.>
Por sua vez, a diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore, afirmou que as crianças são as vítimas ocultas desta pandemia.>
Ela lembrou os bloqueios e o fecho das escolas em todo o mundo, dizendo que estão afetando educação, saúde mental e acesso a serviços básicos de saúde de meninos e meninas. A chefe do Unicef afirmou ainda que os riscos de exploração e abuso são maiores do que nunca.>
FINANCIAMENTO>
Juntos, Guterres, Lowcock, Ghebreyesus e Fore pediram que os Estados-membros ofereçam o maior apoio possível ao plano. Também destacaram a importância de continuar financiando a assistência humanitária da ONU para mais de 100 milhões de pessoas que precisam dessa ajuda para sobreviver.>
Segundo eles, qualquer desvio de financiamento pode criar um ambiente onde doenças como cólera, sarampo e meningite prosperam, mais crianças ficam desnutridas e extremistas podem assumir o controle.>
Para iniciar o plano de resposta, Mark Lowcock mobilizou US$ 60 milhões do Fundo Central de Resposta de Emergência da ONU, Cerf, elevando o apoio desde o início da crise para US$ 75 milhões.>
Para o PMA, esses fundos devem garantir a continuidade das cadeias de suprimentos e o transporte de trabalhadores humanitários e bens de socorro. Os valores também devem ajudar a OMS a conter a propagação da pandemia.>
O apoio deve ainda incluir esforços na área da segurança alimentar, saúde física e mental, água e saneamento, nutrição e proteção.>
Com informações da Agência Brasil>
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