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Holanda, Londres e Coreia apertam restrições contra Covid-19

Holanda, Londres e Coreia apertam restrições contra Covid-19

O governo da Holanda anunciou nesta segunda (14) que fará um lockdown de cinco semanas para conter a alta de infecções

Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 08:38

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Coronavírus - Covid19
Holanda, Londres e Coreia do Sul têm aumento no número de casos da Covid-19 . (Line2art/Pixabay)

Conforme os casos de Covid-19 voltam a crescer, diferentes países endurecem as restrições para tentar controlar a propagação do vírus. O governo da Holanda anunciou nesta segunda (14) que fará um lockdown de cinco semanas para conter a alta de infecções.

A população deverá ficar em casa, e o comércio não essencial, fechar a partir desta terça (15). Mercados e farmácias, por sua vez, seguirão abertos. As escolas serão fechadas a partir desta quarta (16), enquanto museus, zoológicos e academias deixarão de receber público. As medidas valem até 19 de janeiro.

"Não estamos enfrentando uma simples gripe, como muita gente pensa", afirmou o premiê Mark Rutte, em referência a manifestantes contrários às medidas, que foram até a frente da sede do governo, em Haia. A Holanda registrou cerca de 8.500 novos casos nesta segunda, na soma das 24 horas anteriores. Ao todo, o país teve mais de 600 mil infecções e 10 mil mortes.

O aumento de infecções, somado a uma nova variação do coronavírus, também levou o governo de Londres a adotar novas medidas. A capital inglesa entrará no nível mais duro de restrições, segundo anúncio feito nesta segunda.

Matt Hancock, secretário de Saúde, disse que mais de mil casos provocados por essa variação foram encontrados no sul da Inglaterra. Não há, no entanto, nenhuma evidência de que essa versão do vírus possa causar mais danos ou que não responderia a uma vacina, disse o ministro.

As medidas de restrição de nível três - o mais elevado do sistema britânico - entram em vigor à meia-noite desta quarta. Nesta fase, bares e restaurantes só podem atender por entrega ou retirada. Cinemas, teatros e museus devem fechar. Escolas e escritórios podem seguir abertos.

"Sei que é uma notícia difícil e que será um revés considerável para os negócios afetados, mas esta ação é absolutamente essencial", afirmou Hancock ao Parlamento, destacando que o número de infectados está dobrando a cada sete dias em algumas regiões.

Outro país que elevou o nível de alerta é a Coreia do Sul, que luta contra o pior surto desde o início da pandemia, com o número de novos casos já tendo ultrapassado o pico anterior, em fevereiro.

O governo ordenou o fechamento das escolas na capital, Seul, e em cidades próximas a partir desta terça, dando mais um passo em direção à imposição das regras mais rígidas de distanciamento social, a chamada Fase 3, que permite apenas trabalhos essenciais.

Há dez dias, as autoridades de saúde haviam pedido que a população cancelasse as festas presenciais de Natal e Ano Novo. Lojas, teatros, bibliotecas e escritórios do serviço público também já foram fechados em Seul. O primeiro-ministro Chung Sye-kyun disse que adotar a Fase 3 requer uma análise cuidadosa. O governo está sob pressão para tomar medidas eficazes para reduzir o aumento das infecções.

A Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças (KDCA) relatou nesta segunda 718 novos casos. O número está abaixo do recorde de 1.030 infecções divulgadas no domingo (13). A maioria dos novos casos ocorreu em Seul, na cidade portuária vizinha de Incheon, e na província de Gyeonggi, onde vivem mais de 25 milhões de pessoas. O total de infecções na Coreia do Sul desde o início da pandemia é de 43.484, com 587 mortes.

O governo lançou um grande esforço de rastreamento de contatos, envolvendo centenas de soldados, policiais e oficiais para tentar conter a disseminação do vírus. As autoridades de saúde afirmam que a recente onda de infecções parte, principalmente, de reuniões com amigos e familiares, o que limita a eficácia das regras de distanciamento social.

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