Publicado em 9 de setembro de 2020 às 17:27
Os Exércitos da Índia e da China se acusaram mutuamente na terça-feira (8), de disparar para o ar na fronteira do Himalaia, marcando uma nova escalada de tensão entre os dois países vizinhos. >
De acordo com o coronel Zhang Shuili, porta-voz da força militar chinesa na região, a agressão aconteceu na segunda-feira, 7, quando as "tropas indianas entraram ilegalmente pela da margem sul do lago Pangong Tso, na área ocidental da fronteira".>
Segundo o oficial do Exército de Libertação Popular da China, os soldados indianos "descaradamente ameaçaram disparar contra uma patrulha fronteiriça", embora os homens que faziam a segurança da região estivessem tentando "alcançar um entendimento".>
Assim, afirmou Shuili, os homens do Exército chinês foram obrigados a reagir para "controlar e estabilizar a situação". As medidas tomadas, no entanto, não foram reveladas pelo militar.>
>
Na versão do Exército indiano, na noite de segunda-feira, tropas do ELP tentaram se aproximar de uma posição indiana avançada na Linha de Controle Efetivo, a fronteira de fato, no setor de Ladakh.>
"E, quando dissuadidas, as tropas do ELP dispararam alguns tiros para o alto na tentativa de intimidar nossas tropas", disse o Exército em um comunicado emitido na terça-feira, afirmando que o lado indiano agiu com moderação. "Em nenhum momento o Exército indiano transgrediu a Linha de Controle Efetivo ou recorreu ao uso de quaisquer meios agressivos, incluindo disparar".>
Os dois lados vêm respeitando um protocolo de longa data contra o uso de armas de fogo na divisa sem demarcação, mas esse acordo não evitou baixas. Em junho, um combate físico na fronteira matou 20 soldados indianos.>
Centenas de tropas estão frente a frente na região. Índia e China buscam uma saída diplomática, mas garantiram nesta terça-feira terem disposição para defender a soberania territorial.>
Os dois países mantêm histórica disputa por várias regiões do Himalaia, com os chineses reivindicando o Arunachal Pradesh, controlado por Nova Délhi, e os indianos buscando o Aksai Chin, administrado pelo vizinho. (Com agências internacionais)>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta