> >
'Coronavírus está mais complexo, mas contenção é possível', diz OMS

"Coronavírus está mais complexo, mas contenção é possível", diz OMS

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),  afirmou que a queda da doença tem sido constante

Publicado em 3 de março de 2020 às 14:32

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Ao todo, 90.893 pessoas foram diagnosticadas com a doença globalmente, entre as quais 3.110 morreram. (Agência Brasil)

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, embora o surto de coronavírus esteja ficando cada vez mais "complexo", a contenção da doença ainda é possível em todos os países, como indica o exemplo da China.

Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, Tedros explicou que, nas últimas 24 horas, foram registrados 129 novos casos de infecção no país asiático, o menor número desde 20 de janeiro. "A queda tem sido consistente", disse.

Ao todo, 90.893 pessoas foram diagnosticadas com a doença globalmente, entre as quais 3.110 morreram. A maior parte dos casos ocorreu em território chinês. No resto do mundo, são 1.848 registros em 48 países, 80% dos quais em apenas três nações: Coreia do Sul, Irã e Itália. Além disso, 122 países não registraram o vírus e 21 tiveram apenas um caso.

O médico etíope destacou também que o coronavírus não pode ser tratado como um gripe comum, porque não se transmite com a mesma eficiência. No entanto, a doença originada na província chinesa de Hubei causa doenças mais severas do que a influenza. "Globalmente, 3,4% das pessoas com coronavírus morreram. Para efeito de comparação, a gripe sazonal geralmente mata menos de 1% dos infectados", explicou, acrescentando que apenas 1% dos casos não apresentam sintoma.

Uma outra diferença é que, diferentemente da gripe, ainda não há vacinas e remédios comprovados contra o coronavírus. "Contudo, testes clínicos de remédios estão sendo realizados e mais de 20 vacinas estão sendo desenvolvidas", revelou.

Questionado sobre as críticas de autoridades brasileiras a respeito da demora da OMS em declarar o surto uma pandemia, o diretor-executivo da entidade, Michael Ryan, disse que essa classificação poderia ser perigosa, já que incentivaria países a passarem da fase de contenção para mitigação, o que seria precoce.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais