> >
Bolsas da Europa fecham em forte queda com avanço do coronavírus

Bolsas da Europa fecham em forte queda com avanço do coronavírus

Bolsas registraram fortes quedas, apesar dos esforços de governos e bancos centrais ao redor do mundo para mitigar os efeitos econômicos

Publicado em 23 de março de 2020 às 14:54

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Bolsa de valores. (Pixabay)

As Bolsas da Europa registraram fortes quedas nesta segunda-feira, 23, apesar dos esforços de governos e bancos centrais ao redor do mundo para mitigar os efeitos econômicos do coronavírus. O estresse global causado pela interrupção de empresas e medidas de quarentena continuaram a pesar sobre as ações europeias, fazendo o índice Stoxx 600 encerrar em baixa de 4,30%, a 280,43 pontos.

Desde o início do pregão, os principais índices acionários do continente operaram em território negativo, pressionados pelas incertezas quanto ao avanço da pandemia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, durante coletiva de imprensa, que o número de casos da doença já ultrapassou a marca de 300 mil, com registros em quase todos os países do mundo.

No Reino Unido, onde o governo do primeiro-ministro Boris Johson ampliou as ações de isolamento no final de semana, o índice FTSE 100 encerrou com forte baixa de 3,79%, a 4.993,89 pontos.

Diante do cenário turbulento, avança a percepção de que a zona do euro e o mundo devem registrar forte recessão já a partir do próximo trimestre. Sinal disse pôde ser constatado hoje com a divulgação do índice de confiança do consumidor da região elaborado pela Comissão Europeia, que caiu de -6,6 em fevereiro para -11,6 na preliminar de março.

"Trata-se de uma queda significativa, consistente com o fato de que a crise resultante do surto de covid-19 está atingindo os dados macroeconômicos da zona do euro", avalia a consultoria Pantheon Macroeconomics.

Para tentar atenuar a crise, os governos continuam a anunciar estímulos fiscais. Hoje, a Alemanha apresentou um pacote de 750 bilhões de euros, sustentado por um aumento na emissão de títulos de dívida. Ainda assim, em Frankfurt, o índice DAX terminou em baixa de 2,10%, a 8.741,15 pontos. "A dívida alemã deve crescer, nos próximos anos, ao mesmo ritmo verificado durante a crise financeira", explica o Commerzbank.

Investidores acompanharam ainda o mau humor nas bolsas americanas e no mercado de commodities, por conta do impasse no Congresso dos Estados Unidos em relação ao pacote fiscal para fazer frente ao vírus.

O anúncio do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) de que compraria Treasuries e títulos lastreados em hipotecas a um volume ilimitado trouxe um breve respiro para os mercados, que acabou não se sustentando. Em Paris, o índice CAC 40 perdeu 3,32%, a 3.914,31 pontos.

Na Itália, epicentro da pandemia na Europa, o governo recebeu aval da Comissão Europeia para destinar 50 milhões de euros às linhas de produção de materiais médicos, para aliviar a sobrecarga no sistema causada pelo vírus. Por lá, o índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, recuou 1,09%, a 15.559,80 pontos.

Em Madri, o índice Ibex 35 cedeu 3,31%, a 6.230,20 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 caiu 1,91%, a 3.600 pontos.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais