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BNDES aprova mais R$ 200 milhões para carro voador da Embraer

BNDES aprova mais R$ 200 milhões para carro voador da Embraer

Empresa deve trabalhar na fase de integração e funcionamento dos motores elétricos e nos testes do protótipo de certificação do eVTOL, como é chamada a aeronave

Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 11:44

 - Atualizado há uma hora

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Carro voador da Eve terá capacidade para quatro passageiros, além do piloto, alcance de cem quilômetros e espaço para duas malas ou quatro bagagens de mão Crédito: Shutterstock

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (9) a aprovação de um novo financiamento para a produção do carro voador da Eve, subsidiária da Embraer. O valor do crédito é de R$ 200 milhões.

Conforme o BNDES, a empresa deve trabalhar na fase de integração e funcionamento dos motores elétricos e nos testes do protótipo de certificação do eVTOL, como é chamada a aeronave. As fontes do financiamento são o Fundo Clima (R$ 160 milhões) e a linha Finem (R$ 40 milhões).

O banco afirma que, desde 2022, já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para a Eve em diferentes fases do desenvolvimento do eVTOL, incluindo a construção de fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo (a cerca de 130 km da capital paulista).

Além disso, em agosto deste ano, o BNDES anunciou cerca de R$ 405 milhões em investimento direto na subsidiária da Embraer. A operação fez parte da retomada da compra de ações de empresas pelo banco. 

O BNDES diz que o carro voador da Eve terá capacidade para quatro passageiros, além do piloto, alcance de cem quilômetros e espaço para duas malas ou quatro bagagens de mão. Também contará, segundo a instituição, com oito motores elétricos elevadores nas asas, o que busca aumentar o nível de segurança e controle para o voo na vertical, e um motor na parte traseira para a navegação horizontal.

"A fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva no conceito de mobilidade urbana, com um veículo que vai conectar os principais pontos das grandes cidades e regiões metropolitanas, com menor emissão de gases de efeito estufa que helicópteros e carros convencionais", afirmou em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

De acordo com ele, o projeto tem 2.800 pedidos de encomenda de clientes em nove países. "Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14 Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo", acrescentou.

No mesmo comunicado, o CFO (diretor financeiro) da Eve, Eduardo Couto, disse que o financiamento acelera uma "etapa crítica" do projeto que é a integração do sistema de propulsão elétrica. O governo Lula (PT) defende uma atuação fortalecida do BNDES, com medidas de apoio a diferentes setores da economia, incluindo a indústria.

A posição é vista com ressalvas por uma ala de analistas. Eles temem um inchaço do banco e uma volta de políticas adotadas por gestões petistas no passado. A direção do BNDES já rebateu as críticas em mais de uma ocasião, dizendo, por exemplo, que aposta em segmentos considerados estratégicos, como inovação e transição energética.

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