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Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 12:05
Um crime ambiental foi flagrado no dia 6 de fevereiro nas propriedades do residencial Boulevard Lagoa, na Serra. A Polícia Militar Ambiental recebeu uma denúncia de desmate irregular em uma Área de Proteção Ambiental (APA) do município. Ao chegarem no local, identificaram que o dano foi causado em espécies de árvores nativas da região nas proximidades da Lagoa Jacuném. Segundo a polícia, a motivação do crime foi o desejo do dono do imóvel de ter vista para a lagoa. >
Na ocorrência, os policiais identificaram o proprietário de uma empresa contratada para realizar o desmatamento como responsável pelo crime e que revelou aos oficiais que estava agindo sem autorização. As irregularidades não param por aí. O homem contou que utilizou facão, foice e motosserra para podar as árvores do local, o que foi confirmado pelas marcas nos troncos. >
Ao ser questionado pela polícia, confessou que, apesar de a motosserra ser de sua propriedade, não possuía permissão para usar o equipamento.>
Durante a abordagem, o funcionário contou aos oficiais que um outro homem seria o contratante do serviço. Em contato com os policiais, esse segundo homem revelou que era responsável pelas obras em andamento na casa e que os donos haviam solicitado o desmate para ter vista para a Lagoa Jacuném. Os suspeitos de 34 e 43 anos foram conduzidos à 3ª Delegacia Regional da Serra.>
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Sobre o estado da vegetação, a Polícia Militar Ambiental identificou que a região nativa tinha características de estado médio de regeneração. Os funcionários da empresa já tinham descartado os outros materiais provenientes do desmatamento. >
Em nota, a Polícia Civil declarou que “dois suspeitos, de 34 e 43 anos, conduzidos à Delegacia Regional de Serra, foram ouvidos e liberados, já que a autoridade policial não identificou elementos suficientes para realizar a prisão em flagrante naquele momento.” O caso segue em investigação.>
Em nota a Associação Boulevard Lagoa (ABL), responsável pela administração do residencial, informou que a entidade abriu procedimento administrativo interno para apurar e decidir acerca dos fatos. Além disso, foram informados sobre a denúncia realizada a Promotoria Ambiental de Serra e dos procedimentos já instaurados pela Prefeitura Municipal de Serra (PMS) e Polícia Militar Ambiental (PMS).>
A reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura da Serra, através da Secretaria de Meio Ambiente desde a última quinta-feira (21), para saber se os responsáveis pelo crime sofreram algum tipo de sanção administrativa, receberam multas ou penalidades devido às infrações cometidas, mas até o momento da publicação da matéria não houve resposta. >
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