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Paulo André Camilo vive corrida contra o tempo para atingir índice olímpico

Paulo André Camilo vive corrida contra o tempo para atingir índice olímpico

Pai e treinador do velocista, Carlos Camilo afirmou que Paulo André estará em outras duas disputas oficiais aqui no Brasil e em outros meetings nos Estados Unidos a fim de alcançar a marca olímpica

Publicado em 4 de março de 2024 às 15:44

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Paulo André Camilo ficou abaixo dos 10 segundos, mas não bateu recorde nos 100m
Paulo André Camilo almeja atingir 10s para chegar às Olimpiadas. (Heuler Andrey/DiaEsportivo/Folhapress)

Por Vitor Antunes

Um dos principais velocistas do país, o capixaba Paulo André Camilo retornou às competições oficiais no último domingo (3). No Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, P.A alcançou a marca de 10s61 nos 100 metros rasos. Entretanto, a marca ainda está longe do necessário para o atleta conseguir uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, seu principal objetivo nesta temporada.

Em entrevista exclusiva para A Gazeta, o pai do atleta - que também é seu técnico - Carlos Camilo, Paulo irá a partir de agora, focar no índice olímpico a fim de se credenciar aos Jogos de Paris. "A nossa meta é a Olimpíada, esse é o nosso maior objetivo, e para o qual estamos treinando".

Ciente que o tempo de Paulo André não é dos melhores, Carlos Camilo afirma que acredita que o índice venha nos próximos compromissos. "Para as Olimpíadas a intenção é fazer um índice de 10s, ou ir pelo ranking brasileiro, neste ele só correria o revezamento, mas eu creio que ele faça o índice. Nossa expectativa é grande, ele está bem, a gente está bem. Tanto psicológica como fisicamente". 

O treinador ainda destaca que no desafio a estratégia definida foi segurar o ritmo. "Optar por fazer uma corrida conservadora e evitar fadiga, já que temos pouco tempo de treinamento, em razão da agenda dele de influencer. A intenção era reconhecer a pista de novo. Evitamos a final, apenas como forma de prevenção mesmo. Daqui para frente acredito que ele vá melhorar bastante". 

Sobre não haver disputado a final, Paulo André tranquilizou os fãs. "No início da temporada, muitos atletas preferem fazer apenas a semifinal por não estar em um ritmo intenso de competições e vindo de um período muito forte de treinos. Existe toda uma transição desses treinos intensos para as competições, e isso precisa ser feito com paciência para não acontecer o que aconteceu a última vez em que voltei a competir. Fiz uma semifinal boa e na final me lesionei", considerou o atleta em seu X (antigo Twitter). Ele correu com vento a 2.2m contra, o que poderia interferir na corrida e no resultado.

Próximas competições serão decisivas para o sonho olímpico

Para melhorar o resultado, Paulo André estará em outras duas disputas oficiais aqui no Brasil e outros meetings nos Estados Unidos. "Viajaremos no próximo dia 25 para a América e ficaremos lá cerca de um mês e meio. Faremos competições e acredito que ele vá atingir o índice. Depois dos Estados Unidos, voltaremos para o Brasil, para disputar o Ibero-Americano em Cuiabá, e, em seguida o Troféu Brasil. Após isso, a Olimpíada. Se Deus quiser vamos confirmar essa meta".

O Torneio Ibero-americano será realizado no Centro Oficial de Treinamento (COT) da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Trata-se de uma competição de atletismo ao nível de seleções nacionais, disputado a cada dois anos por países ibero-americanos, Andorra e países africanos onde a língua oficial é o espanhol ou o português. Será a primeira vez que a capital mato-grossense sediará competição, que será realizada entre 10 e 12 de maio deste ano. O Troféu Brasil, que acontecerá no dia 30 de junho, ainda não tem sede definida.

Já quanto à categoria de revezamento 4x100m, Carlos Camilo prefere esperar a evolução de Paulo André. "A gente não pode avaliar porque ele não correu ainda esse ano, mas ele, no revezamento, cresce muito, e vai bem, se estiver na posição dele, que é a reta final. Estando em outra, como abrindo ou correndo em segundo, ou ainda, na curva oposta [talvez não]. Porém, neste ano a gente não correu, não tem como avaliar ainda", finalizou.

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