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Publicado em 4 de março de 2025 às 08:00
Pamella Oliveira é tricampeã consecutiva de uma da provas mais desafiadoras do país: o Ironman Brasil. Por três anos seguidos ela dominou a prova do início ao fim e conquistou o título, sendo o último consagrando um tricampeonato inédito entre a categoria feminina na história da competição. Na prova de 2024, Pamella completou o triatlo de 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida em 8 horas e 57 minutos.>
Perguntada sobre a fórmula para permanecer no auge e conseguir o feito, Pamella reconheceu que ganhar já é desafiador, ainda mais se tratando de três vezes seguidas. "É difícil chegar ao topo, mas é mais difícil ainda se manter, porque a gente passa a ser o alvo dos outros. O que costumo fazer é sempre acreditar que qualquer pessoa pode me vencer, e ter esse respeito pelos outros competidores leva a gente a se preparar da melhor forma possível. Leva a gente a, durante a prova, não subestimar ninguém e ficar muito focada até o final", frisou.>
"Esse ano eu vou começar um pouco mais lento do que foi em 2024. Ano passado eu comecei muito cedo, porque eu já comecei o ano competindo em janeiro. Então foi um ano muito longo, foi um ano com muitas provas. Então esse ano eu tô aproveitando um pouco mais. Vou começar com mais tranquilidade, a primeira prova que eu vou focar mais vai ser em abril. Então eu tenho um bom tempo aí para descansar e também para me preparar para essa primeira prova", disse a triatleta quando perguntada para as expectativas para 2025. >
Pamella disse que o dia a dia dela é 100% voltado aos treinos, e que vive integralmente do esporte. "Consigo ser uma atleta profissional full time, então isso ajuda a conseguir me preparar melhor, conseguir chegar melhor nas provas, fazer melhores preparações sem me cansar com outras atividades", afirmou. >
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Ela também lembrou com bons olhos que em 2025 ela pretende competir e aproveitar as provas nacionais, e fazer menos viagens como foi em 2024. "Esse ano eu quero focar nas provas aqui do Brasil que estão voltando, que a gente vai voltar a ter também mais visibilidade aqui dentro e me preparar da melhor maneira possível para, quem sabe, conseguir o tetra", concluiu ela.>
Pamella de Oliveira tem 38 anos e dedicou a sua vida inteira ao esporte, mais precisamente ao triatlo. Entre as suas principais conquistas, destacam-se a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2011, uma medalha de ouro e outra de prata nos Jogos Sul-Americanos de 2014 e ter representado o Brasil em duas Olimpíadas, Londres-2012 e no Rio-2016. E nos últimos anos seu nome entrou para a história do Ironman ao ser a primeira mulher a conseguir ser três vezes campeã consecutiva em 22 anos de competição. >
"Eu comecei o triatlo em 2007, quando eu fiz os testes, passei e fui para um centro de treinamento feminino. Mas o projeto que eu fazia parte acabou e eu me mudei para São Paulo para ir treinar numa outra equipe. Aí, da metade de 2009 até final de 2010, eu fiz outros testes para fazer parte da seleção brasileira, que iria morar em Rio Maior, em Portugal. E aí, eu passei e fiquei seis anos e fui treinando lá. Foi nesse contexto que fui medalhista em Guadalajara, nos Jogos Sul-Americanos, e também fui para as Olimpíadas de Londres e Rio", conta Pamella sobre trajetória no esporte.>
Em 2016 o projeto acabou, e foi quando Pamella decidiu retornar para o Brasil, mas viu que continuar treinando sozinha no Espírito Santo não traria o resultado esperado, e decidiu se mudar para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, estado onde acontece a etapa brasileira do Ironman, que faz parte de um circuito mundial com mais de 50 provas por todo o planeta. >
"Depois do Rio 2016 eu perdi todos os meus patrocinadores, e isso me gerou bastante estresse. Então, eu fui para lá, para Balneário, meio que tentar a sorte, em busca de novas oportunidades, e foi a melhor coisa que fiz. Teve algum tempo mais de perrengue, mas depois outras portas se abriram", declarou ela.>
Pamella depois passou a competir em provas longas, que melhor premiavam no Brasil. Ela relatou que o objetivo inicial não era nem ganhar dinheiro nas provas propriamente ditas, mas ser vista e conquistar a atenção de marcas para se sustentar na nova jornada, e optou por competir em longas distâncias. "Em 2018 que fui conseguir ter alguns patrocínios de novo, e aí eu consegui me reorganizar financeiramente. Só aí, quando as coisas foram melhorando, que eu decidi migrar de vez para longa distância sair da disputa olímpica", explicou a aleta.>
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