Publicado em 12 de dezembro de 2023 às 10:46
- Atualizado há 2 anos
A onda de calor que tem atingido as regiões Sudeste e Centro-Oeste fez aumentar a demanda de energia elétrica no país. O consumo bateu recordes nos últimos dias, chegando a mais de 101 mil MW, ultrapassando a marca histórica, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). E não deve ser diferente nos próximos meses. >
Conforme as previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cpetec), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as temperaturas máximas e mínimas vão ficar acima da média em boa parte do país até o início do próximo ano. O verão começa no dia 22 de dezembro e, como é a estação mais quente, a tendência é que o calor persista. >
Nos dias de calor, a demanda por energia aumenta. Com isso, a conta de luz também fica mais cara, especialmente para as empresas. Mas por que isso acontece? >
“A chegada da onda de calor refletiu diretamente no consumo de energia no país que atingiu recordes de demanda, a qual foi, na maioria, suprida através da geração de usinas térmicas que são mais caras e poluentes”, conta José Ricardo Meirelles, diretor comercial da Elétron Energy (empresa de energia compartilhada). >
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“Um uso mais constante dessas térmicas por uma eventual manutenção de temperaturas elevadas pode acarretar aumento do custo da energia elétrica através da incidência das conhecidas bandeiras tarifárias […]”, acrescenta. >
Por isso, consumidores e empresas devem começar a repensar sobre o tipo de energia que consomem diariamente para manter o conforto térmico nos ambientes e reduzir o impacto na conta de luz. Mas como fazer isso? É o que o especialista explica a seguir. >
Uma das alternativas para economizar neste período é optar pelo uso da energia limpa compartilhada, que também tem sido chamada "energia por assinatura". “Apesar do nome 'energia por assinatura', não há qualquer mensalidade ou valor de assinatura a ser pago mensalmente, além, é claro, da própria conta de consumo de luz, que acaba saindo mais barata, o que faz toda a diferença em momentos como esse, de alto consumo”, explica o especialista. >
Segundo José Ricardo Meirelles, “o termo 'energia por assinatura' se popularizou por conta da similaridade que tem com o processo de escolha que já nos habituamos a fazer em relação à operadora de celular ou de TV, por exemplo”. >
Como não há necessidade de instalação de placas solares, basta solicitar pela internet a troca do tipo de energia fornecida. O cliente continua recebendo normalmente sua conta de luz, como sempre recebeu. O que muda é o tipo de energia fornecida – energia solar, na maioria das vezes, em vez de energia elétrica – e a economia na conta mensal. >
As altas tarifas estão entre as principais reclamações dos consumidores, mas o problema pode ser facilmente resolvido com novas alternativas de mercado, como a compra de energia. >
“Uma forma de se proteger desses custos adicionais incidentes nas tarifas das distribuidoras de energia elétrica é a compra de energia no chamado ‘mercado livre de energia’ para os consumidores conectados em alta ou média tensão (Grupo A), em que eles podem definir o seu preço de energia no longo prazo, sem a incidência de bandeiras tarifárias e com o suprimento oriundo de fontes limpas, como eólica e solar”, diz José Otávio Bustamante, fundador da Juntos Energia. >
Um dos equipamentos que mais consomem energia elétrica pode permanecer desligado durante alguns banhos nos dias mais quentes. Além de ser uma forma de economizar, proporciona temperaturas amenas e mais refrescantes, visto que a água não chega totalmente gelada à tubulação. >
Se for adquirir um novo, prefira os modelos split, mais eficaz por conta de sua tecnologia, que trabalha na medida certa para manter a temperatura agradável, ajudando a reduzir o custo de energia. Não utilize o equipamento com janelas e portas abertas. >
O ferro de passar é responsável por até 7% do consumo de energia elétrica mensal de uma residência. Uma dica aqui é juntar o máximo possível de peças para passar de uma só vez, além de usar a temperatura correta para cada tipo de tecido. Mantenha o ferro desligado sempre que não estiver usando — enquanto dobra roupas, por exemplo. >
Sabe aquela luzinha que fica ligada na televisão, no relógio do micro-ondas e em outros equipamentos enquanto eles não estão em uso? Ela é responsável por até 12% do gasto energético em residências! Portanto, enquanto não estiver usando, não esqueça de desligar os aparelhos da tomada. >
Ainda, evite carregar o celular enquanto dorme à noite, pois ele fica na tomada muito mais tempo do que o necessário. Outra dica é sempre desligar as lâmpadas artificiais quando não estiver usando, pois isso também gasta mais energia. >
Por Letícia Carvalho >
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