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“É necessário estabelecer uma cultura de segurança jurídica” diz ministro do TCU em feira de construção no ES

“É necessário estabelecer uma cultura de segurança jurídica” diz ministro do TCU em feira de construção no ES

Antônio Anastasia e a promotora de justiça e dirigente do CAOA/MP-ES Bruna Legora discutiram mudanças e flexibilizações para aumentar segurança jurídica

Publicado em 17 de julho de 2025 às 20:28

 - Atualizado há 25 dias

ES Construção Brasil 2025
Painel sobre segurança jurídica na construção civil Crédito: Alberto Margon

Maior segurança jurídica para empresas e investidores dentro do mercado da construção civil. Esse foi o debate principal de uma das palestras da ES Construção Brasil, maior feira do mercado de construção civil do Estado, que chegou ao seu segundo dia de duração nesta quinta (17).

A palestra abordou temas como mudanças no Congresso, que aprovou leis para dar mais segurança jurídica a empresas do setor, e a necessidade de capacitação e melhoria na estrutura dos municípios.

Para o debate, foram convidados o Ministro do Tribunal de Contas da União, Antônio Augusto Junho Anastasia; a promotora de justiça e dirigente do CAOA/MP-ES, Bruna Legora; e o vice-presidente da OAB-ES e assessor jurídico do Sinduscon-ES, Carlos Leal.

Atualmente, a construção civil é um segmento altamente regulamentado, com normas de segurança do trabalho, normas técnicas, como as NR’s, e também os Planos Diretores Urbanos e Planos Diretores Municipais, que regulam todas as regras que devem ser seguidas na construção de um empreendimento.

Durante o painel, Antônio Anastasia fez um diagnóstico da situação atual e enfatizou as mudanças que estão ocorrendo no Congresso para criar uma cultura de segurança jurídica.

“Existe uma cultura de insegurança que já vem de muitas décadas que leva tanto o gestor público quanto o elemento privado a ter dúvidas sobre investimentos. Felizmente, nos últimos 15 anos houve uma revolução silenciosa no Congresso Nacional com a aprovação de várias leis que deram mais segurança jurídica. Só que isso não acontece do dia para a noite, temos que mudar a cultura”, destaca.

O ministro do TCU destacou que a recorrência excessiva à criação de leis por parte do legislativo e a provocação exaustiva ao judiciário podem contribuir para o contexto de insegurança.

Por outro lado, segundo a promotora de justiça Bruna Legora, apesar do Ministério Público do ES apoiar uma flexibilização e o diálogo como forma de atenuar a insegurança, o principal desafio é a capacitação dos servidores nos municípios.

“A atuação do Ministério Público tem sido diretamente nesse sentido de tentar acelerar e melhorar o serviço público, compatibilizando desenvolvimento com meio ambiente. Nosso maior desafio é unir forças principalmente na capacitação e melhoria das estruturas dos municípios”, afirma.

Para ela, a solução desses desafios é um olhar direcionado do governo do Estado para os municípios, com o objetivo de evitar os danos e reduzir a insegurança por meio de capacitação e cobrança de equipes multidisciplinares.

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