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Para CBIC, no atual cenário, não há indicativo de crescimento de distratos em 2025

Para CBIC, no atual cenário, não há indicativo de crescimento de distratos em 2025

Segundo presidente da entidade, distratos recuaram em 2024 e bancos não têm deixado de conceder crédito para o comprador de unidades na planta

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 16:00- Atualizado há um mês

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comprar imóvel, corretor
Cenário de crédito mais escasso e caro tende a elevar a seletividade dos bancos para concessão dos financiamentos. (Shutterstock)

Mesmo com a subida dos juros nos últimos meses, os representantes das construtoras não acreditam que haverá aumento de rescisões de vendas (distratos) ao longo do ano, embora admitam que o comprador terá que fazer um "sacrifício maior" para conseguir tomar o financiamento bancário após a entrega das chaves.

"No atual cenário, não há indicativo de crescimento de distratos", afirmou o economista Celso Petrucci, durante apresentação de pesquisa sobre lançamentos e vendas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Ele citou que os distratos recuaram em 2024 e mencionou que os bancos não têm deixado de conceder crédito para o comprador de unidades na planta. "Em nenhum banco há notícia de Plano Empresário crédito ao incorporador para bancar a obra que deixou de ser quitado por falta de repasse do consumidor pós-chaves", afirmou Petrucci.

Em 2024, o setor teve recorde de venda de imóveis novos. Pela frente, porém, os compradores das unidades na planta vão se deparar com juros mais altos para tomar o financiamento após entrega das chaves.

"Isso, sim, vai exigir maior sacrifício das famílias. "O juro vai ser um pouquinho maior para quem comprou quando era 10% e agora é 12%, mas as pessoas não vão deixar de concluir o repasse por conta dessa maior dificuldade. E tenho certeza de que os incorporadores estão preparados para isso", disse Petrucci.

O presidente da CBIC, Renato Correa, afirmou que também não espera uma elevação dos distratos. Por outro lado, acrescentou que o cenário de crédito mais escasso e caro tende a elevar a seletividade dos bancos para concessão dos financiamentos. "O repasse pode demorar um pouquinho mais, mas não acredito que será um problema", afirmou.

O sócio e fundador da consultoria Brain, Marcos Kahtalian, observou que ainda que, em média, os financiamentos correspondem a cerca de 65% do valor total do imóvel. Ou seja, os consumidores têm pagado um valor médio de 35% do total como entrada e/ou na fase de obras. "Isso mostra o grande comprometimento na tomada de crédito, pois o consumidor já deu uma poupança elevada para o imóvel. É improvável ver aumento de distratos".

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