Publicado em 8 de maio de 2025 às 15:06
Texto feito por Tiago Taam, para ge.globo
O Aster firmou, no último mês, uma parceria com o Lecce, clube italiano que atualmente disputa a primeira divisão da Itália. No acordo entre as partes, o atacante Júlio Motta, de 16 anos, chegou ao time centenário com direitos econômicos mantidos pela diretoria brasileira. Fazendo sucesso, o goleador já recebeu, mesmo em pouco tempo, o apelido de "Endrick".
Assim como a maioria das promessas brasileiras, que crescem acompanhando os grandes craques do futebol na Europa, Júlio vive o sonho de se desenvolver no Velho Mundo. A nova realidade, porém, chegou muito cedo. Com apenas 16 anos, o atacante, com passagens por Aster e Athletico-PR, deixou o Brasil e chegou ao Lecce para fazer testes, em parceria entre o clube capixaba e italiano.
"É uma oportunidade muito boa estar num clube da Série A do Campeonato Italiano, que é uma instituição muito tradicional aqui na Itália. Sem dúvidas, é um sonho que tem sido realizado e fico muito feliz por ter vindo jogar aqui na Europa, ter realizado esse caminho, que é o sonho de todo moleque, que sempre quis jogar aqui e conhecer os lugares", disse Julio ao ge.globo.
Muito antes de chegar à Itália, a promessa começou no futsal, em Jacaraípe, bairro da Serra, onde se desenvolveu até ser chamado pelo Porto Vitória, aos 9 anos. Desde lá, Julio acumulou tarefas, já que conheceu o futebol de campo e seguiu alinhando seu tempo com o futsal por quatro anos, até vir o convite do Vasco. Pelo cruzmaltino, o atacante ficou um ano no clube, onde atuou somente no campo, pelo Sub-13. Após sair do Rio de Janeiro, oportunidades por Athletico-PR, Ituano e Aster fizeram ele chegar onde está. Apesar do apelido de Endrick ter chegado na Itália, tudo começou em São Januário.
"Essa história (apelido) começou no Sub-13, quando eles me deram esse apelido de Endrick. Falavam que eu parecia com ele, que foi logo na época que ele começou a 'explodir' na base, ficou mais conhecido, aí as pessoas e todos os meus amigos viram que eu era parecido com ele e aí o apelido pegou", contou o atacante de 16 anos.
Longe de casa e no frio italiano. Apesar do sonho, é assim a vida do jovem atacante do Lecce. Para a felicidade de Júlio Motta e da família, a adaptação do atacante tem sido boa. Os companheiros de equipe também notaram a semelhança física com Endrick, o que facilitou a química com os novos colegas, que receberam bem o capixaba no país.
"Tem sido uma adaptação muito boa. Eu me senti muito bem acolhido pelos meninos do clube, por toda a comissão e por todo mundo. Isso me ajudou bastante, porque o clima é muito frio, tem a questão do fuso horário, que é difícil de conseguir se adaptar rápido, mas graças a Deus, consegui me adaptar bem. A semelhança com o Endrick ajudou também. Ele é uma inspiração pra nossa geração, conseguiu se destacar na Copinha e foi para o Real Madrid. Me inspiro na força física e nas arrancadas dele, que eu acho que a gente é muito parecido nesse quesito", concluiu Julio ao ge.globo.
Nascido no dia 28 de março de 2009, Julio acabou de completar 16 anos e viu a 'febre' Endrick, que dominou as categorias de base em todo o Brasil, até se profissionalizar e ser contratado pelo Real Madrid.
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