Prorrogação de auxílio de R$ 600 não é consenso entre leitores

Presidente Jair Bolsonaro defende pagamento de duas parcelas extras de R$ 300 e afirmou que vai vetar eventual decisão do Congresso Nacional de aumentar esse valor

Publicado em 23/06/2020 às 17h03
Atualizado em 23/06/2020 às 17h03
Dinheiro
Dinheiro. Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Um dos temas que têm dividido o mundo político no momento é a prorrogação do auxílio emergencial a informais e MEIs. A proposta de governo federal é de que o benefício seja estendido em mais duas parcelas, cada uma de R$ 300. O presidente Jair Bolsonaro já afirmou, inclusive, que vai vetar eventual decisão do Congresso Nacional de aumentar esse valor

"Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas [parcelas extras] de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto", afirmou Bolsonaro. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (23) que estender o auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais, desempregados e autônomos por mais um ou dois meses não vai "quebrar" o país financeiramente. "É exagero de quem diz isso", disse o parlamentar.

Já o movimento Renda Básica que Queremos, que reúne 163 organizações da sociedade civil, lançou nesta semana uma campanha para pressionar senadores e deputados a prorrogarem o auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro deste ano, quando termina o estado de calamidade pública decretado durante a pandemia da Covid-19.

O valor do benefício e a extensão da prorrogação também não são consenso entre os leitores de A Gazeta. Enquanto alguns acreditam que o país não tem como bancar o benefício de R$ 600 por mais tempo, e que o melhor seria a retomada das atividades econômicas, outros defendem que à volta a normalidade ainda vai demorar, e que a parcela mais vulnerável da população não pode ficar desassistida. Confira alguns comentários sobre o assunto:

Gente, o país está parado o governo, não tem como manter todas essas despesas! Até dá para pagar, é só cortar os gastos dos vereadores, deputados, senadores tirar as mordomias de todos! Aí, sim, o governo tem como pagar. E ainda esqueci do fundo eleitoral. (Ranale Santos)

Eu não recebo e reclamo. Trabalho com várias famílias carentes que estão precisando muito desse auxílio. Não vamos voltar à normalidade tão cedo. Essas pessoas devem ser sacrificadas sem o mínimo auxílio? (Addy Braga)

Aí eu pergunto: de onde o governo vai tirar todo esse dinheiro se a máquina pública não gera dinheiro, mas sim os empresários que estão impossibilitados de trabalhar? Conversa pra boi dormir. (Niudeia Reis)

É um direito do povo enquanto há essa pandemia, ninguém está pedindo esmolas não. (Lenilda Neitzel)

Contamos com o colaboração das autoridades para esse fim: juízes, promotores, desembargadores, governadores, senadores, prefeitos, deputados estaduais e federais... cortando ou reduzindo as regalias e privilégios, aí sim. Vamos que vamos! (Andre Luis Santos)

Muito justo, se os Três Poderes diminuíssem seus salários e mordomias… (Aline Alves)

Ai, ai... vejo pessoas que nunca trabalharam na vida recebendo esse auxílio de 600 reais. Depois quem vai pagar essa conta somos nós, trabalhadores? (Dias Dri)

Concordo plenamente que continue o pagamento do benefício. Tem muita gente precisando. (Neucy Raab Duarte)

É tudo muito fácil no Brasil para esse bando de preguiçosos que querem dinheiro fácil. Trabalhar que é bom ninguém faz questão. Preferem viver à custa do governo. (Jacke Santos)

Corta as regalias da classe política que paga rapidinho. O Bolsonaro, por exemplo, liberou R$ 1,2 trilhão de subsídios aos bancos. Fora todos os gastos com o cartão corporativo que agora foram postos em sigilo. Dinheiro tem, só não tem para o povo. (Vitor Siqueira Pereira)

Quer saber, não concordo. Acho que cada um tem o dever de se cuidar e o comércio abrir. O brasileiro em geral já não é chegado a trabalhar, imagina com esse auxílio estendido. Aí que não vai querer saber de nada. (Cláudia Nascimento Santos)

Vai ser estendido sim! É rezar para receber a terceira parcela e olhe lá… (Carolina de Alcântara Silveira Barros)

O dinheiro que o povo está recebendo do auxílio emergencial é um direito da população. Ninguém está mendigando o dinheiro - o dinheiro é do povo brasileiro. É mais que uma obrigação do governo amparar aqueles que precisam, não só nos dia atuais, mas sempre. Concordo que devemos ter fé que tudo vai passar, e que dias melhores virão. (Ramon Rodrigues)

O povo, em vez de orar e pedir pra essa pandemia acabar logo e tudo voltar ao normal, insiste em querer ficar nas mãos do governo e se contentam com 600 reais. Desejo que tudo volte ao normal para aqueles que estão dependendo desses 600 consigam um emprego formal. (Tatyana Sousa)

Creio muito em Deus, mas caso Ele não coloque fim nesse vírus logo, essa pandemia vai muito mais além do final de ano. (Cláudia Nascimento Santos)

Tem que abrir é o comércio pra todo mundo voltar a trabalhar de forma justa, e não depender de auxílio de governo federal! Vocês que têm 2 braços e 2 pernas e não têm doença alguma, deveriam tomar vergonha na cara e ir à luta, não depender desse auxílio até o final do ano!! (WF Fernandes)

Só podemos voltar quando acabar. Eu mesma não vou arriscar minha vida, podendo pegar e contaminar minha família. A questão é que as pessoas que mais reclamam desse dinheiro são as primeiras a receber. (Dany Sousa)

Quem for conseguindo emprego vai saindo do programa e deixa os necessitados. Eu não recebo, mas fico feliz que pessoas necessitadas não ficam desamparadas neste momento caótico. (Yeshua Mashiach)

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