"Não podemos pagar a conta", diz leitor sobre alta nos supermercados

Associações do setor supermercadista apontam que o aumento no preço de itens da cesta básica chega a superar 20% no acumulado de 12 meses, em produtos como leite, arroz, feijão e óleo de soja

Publicado em 09/09/2020 às 11h17
Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro
Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro. Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

As causas são várias, mas o efeito é o mesmo: brasileiros têm sentido no bolso a alta generalizada no preço dos produtos nos supermercados. Associações representativas do setor supermercadista apontam que o aumento no preço de itens da cesta básica chega a superar 20% no acumulado de 12 meses em produtos como leite, arroz, feijão e óleo de soja.

Um dos motivos por trás da alta é a desvalorização do real em relação ao dólar, que baliza os preços desses produtos alimentícios no mercado internacional. Esse movimento também é impulsionado pela forte demanda externa por alimentos, sobretudo por parte da China. Os incentivos às exportações e o auxílio emergencial também entram na conta.

Com receio do risco de inflação, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que tem buscado associações de supermercados para tentar baixar os preços de produtos que compõem a cesta básica. Ele ponderou que não pretende dar "canetada em lugar nenhum", nem interferir na área econômica.

O assunto foi bastante debatido pelos leitores de A Gazeta nas redes sociais. Confira alguns comentários:

Lamentável, a população já vem sofrendo tanto. Muito difícil restringir o consumo de itens básicos da nossa cesta básica. (Cyntia Vasconcellos)

Não sei de quem é a culpa, o que sei é que minha compra do mês ficou 169 reais mais cara, e eu não arrecadei um centavo a mais no meu trabalho, então a conta não fechou. (Lu Lessa)

Tem que haver fiscalização antes e depois. A indústria alimentícia está aproveitando do momento da pandemia e metendo a mão no bolso do consumidor. O Brasil vai colher a maior safra histórica, 278 milhões de toneladas e é o maior produtor de alimentos do mundo. Não há razão para esses preços nas alturas!! (Antonio Romilson Seixas)

Bolsonaro já pediu aos supermercadistas que baixem os preços em nome do patriotismo. Vamos aguardar. (Jota Cicero)

O presidente e outros políticos também poderiam, em nome do patriotismo, diminuir seus privilégios e salários. (Leticia Loud)

Supermercado foi a única coisa que não fechou durante toda a pandemia, ou seja, nas transportadoras tudo normal. E agora vem falar que é culpa da indústria??? (Grégori Serafin)

Aí vem os que acham que a culpa é dos supermercado, sem se quer buscar mais a fundo a real situação do país. (Edicarlos Silva)

O problema é sempre o mesmo: a exportação. (Rodrigo Pereira de Siqueira)

Nós não queremos saber de quem é a culpa, eles que resolvam entre si, nós é que não podemos, consumidores finais, pagar a conta de tanta ganância num momento tão crítico para todos. Não é justo! (Cyntia)

"Aumento das exportações". Os de fora são mais importantes dos que os de casa.... (Giancarlo)

Commodities, amigos. Infelizmente o dólar influência nos preços. (Flavio Soares)

Com o dólar nas alturas por conta da crise econômica, obviamente os produtores iriam preferir exportar. Qualquer um no lugar deles faria isso. (Debora Cardoso)

As exportações no agro fazem parte de boa fatia do PIB. Em abril e maio, nossa economia estava parada e a expertise em negociação com a safra garantiu a economia do país não parar. Infelizmente a política do lockdown está mandando o boleto com juros e vai piorar. “Economia se recupera, vidas não”... aguentem sem reclamar. (Quedina Oliveira)

Na minha opinião, todos os supermercados deveriam ser fiscalizados, os preços estão um absurdo. A pandemia virou desculpa para tudo, a população está sendo roubada descaradamente. (Adriana Araujo)

Nossa aqui na minha cidade o valor de 5 kg de arroz já passa dos 25 reais… (Kesia Baldotto)

Sempre a mesma música. A elite, os empresários, precisa dos pobres somente na lavoura, e tudo que se produz exporta para quem paga mais, os gringos, e o povo brasileiro pode até se adaptar a duas refeições por dia, se são “sortudos”. (Cleo Canonica)

No final das contas o consumidor paga a conta. Me engana que eu gosto. (Rodrigo Zorzal)

A ganância fala mais alto, e não temos governo que está do lado do povo e deixa correr solto. Quem é rico, mais rico fica, e a população sofrendo. Alguém tem que tomar providência. (Elza Alves)

A melhor pergunta seria: por que o governo não isenta os produtos básicos da alimentação dos impostos? (Fellipe Brunoro)

Porque é Brasil. Você acha que os empresários venderiam mais barato com menos impostos ou incorporariam ao lucro exorbitante deles? Detesto este governo, mas o povo brasileiro adora se dar bem em cima do outro. (Priscila Moreschi)

Pois é, e ainda sim querem baixar o tal auxílio emergencial para 300 reais… se tudo aumenta de valor, o povo que recebe este auxílio, e só ele, como vai se virar??? (Sirlene Rocha Santos)

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