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Estudo do meio: aliar teoria e prática vai além dos muros da escola

Estudo do meio: aliar teoria e prática vai além dos muros da escola

A experiência prática facilita e contribui para o aprendizado, tornando os resultados melhores e mais efetivos. Propiciar aos alunos esse tipo de vivência é parte da proposta de ensino da Escola Monteiro

Publicado em 8 de fevereiro de 2022 às 19:00

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Mesmo antes da pandemia, a Escola Monteiro já desenvolvia uma série de projetos de estudos além dos muros da instituição.
Mesmo antes da pandemia, a Escola Monteiro já desenvolvia uma série de projetos de estudos além dos muros da instituição. (Talita Vieira/Divulgação Monteiro)
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Seu filho está estudando, por exemplo, a história do Espírito Santo ou as transformações na paisagem pela intervenção do homem ao longo do tempo. O que você acha mais interessante: se restringir ao conteúdo dos livros escolares ou mesmo às informações disponíveis na web ou associar a esse material visitas guiadas ao Centro de Vitória, passando pelo Palácio Anchieta, a Escadaria Maria Ortiz e o Teatro Carlos Gomes?

Ou ainda se ele precisa estudar ciclos de vida ou órgãos relacionados aos sentidos e tem a oportunidade de visitar um borboletário, uma escola para deficientes visuais ou auditivos e um jardim sensorial?

A resposta óbvia de que a experiência prática e a vivência facilitam e contribuem para o aprendizado, tornando os resultados melhores e mais efetivos, fundamenta o conceito de estudo do meio, que é parte da proposta de ensino da Escola Monteiro, localizada na Enseada do Suá, em Vitória.

Com mais de 50 anos de existência, mas atenta às mudanças do seu tempo, a escola busca aliar teoria e prática de forma a despertar o interesse do aluno e fazer dele protagonista do seu processo de aprendizagem.

“Pelo estudo do meio, a criança e o adolescente assimilam mais facilmente o conteúdo e conseguem, inclusive, melhores resultados. Trata-se de aprender de fato, vendo acontecer na prática o que está no material didático. É uma proposta que visa gerar conhecimento, não apenas transmitir informações que se perdem e não se conectam”, explica a diretora pedagógica da Monteiro, Penha Tótola.

Penha Tótola é diretora pedagógica da Monteiro e ressalta a importância de um ambiente escolar acolhedor
Penha Tótola, diretora pedagógica da Monteiro, ressalta que pelo estudo do meio a criança e o adolescente assimilam mais facilmente o conteúdo. (Fabio Vicentini/Divulgação Monteiro)

O fato da escola já desenvolver uma série de projetos de estudos além dos muros da instituição e da sala de aula foi de suma importância no período da pandemia, facilitando processos e humanizando a relação mesmo na distância física.

“Os estudos do meio fazem parte de um projeto educacional mais amplo, humanizado e diverso. O acolhimento e o afeto ao receber nossos alunos após o período de reclusão nortearam nosso trabalho inicial, porque entendemos que esse é o primeiro passo para retomar conteúdos que podem não ter sido devidamente absorvidos ao longo desse período. Sentir-se bem, estar feliz no ambiente escolar, contribui nos resultados do processo de aprendizagem, durante a pandemia e em todos os momentos. E o afeto no educar é um dos nossos pilares desde sempre”, afirma Penha Tótola.

Durante os dois últimos anos letivos, segundo ela, alguns estudos do meio que incluíam maiores distâncias, tão tradicionais e desejados pelos alunos, tiveram que ser suspensos por conta das normas de segurança. Mas, com o retorno presencial, muitas atividades foram propostas e realizadas, aproveitando o entorno da escola e a beleza da cidade de Vitória.

Aulas de ioga e Educação Física ao ar livre são outros exemplos entre tantas vivências realizadas
Aulas de ioga e Educação Física ao ar livre são outros exemplos entre tantas vivências realizadas na Monteiro. (Talita Vieira/Divulgação Monteiro)

“A Monteiro está localizado em um local privilegiado, na Enseada do Suá. Estamos ao lado de uma prainha, temos a Praça do Papa muito próxima, deques e espaços gramados, uma vista de tirar o fôlego para o Convento da Penha e para a Terceira Ponte. E a escola sabe aproveitar e valorizar esse rico potencial”, afirma Tiziana Dadalto.

Mãe de Henrique, que está no 2º ano do ensino fundamental, ela conta que sair da escola, devidamente autorizado pelos pais e acompanhado por professores e auxiliares, traz autonomia, senso de responsabilidade e autoconfiança para o filho.

E a diretora pedagógica afirma que a intenção é também essa. “A autoconfiança, a autonomia e o olhar atento para si, para o outro e para o ambiente são valores importantes na formação que buscamos oferecer”, diz Penha Tótola.

Como exemplo das iniciativas, há desde competições esportivas realizadas na areia da praia ou na praça como parte das Olimpíadas da escola até gravação de vídeos para o projeto virtual proposto para a Feira Integrada, realizada no mês de novembro.

Aulas de ioga e Educação Física ao ar livre são outros exemplos entre tantas vivências realizadas. “A gente percebe que o aluno se sente mais livre, mesmo estando cercado de todos os cuidados. E isso tem reflexo no desejo de estar na escola, de fazer parte de um grupo e no aprendizado em si, afinal aliar teoria e prática é uma forma de garantir a concretização do aprender”, afirma Penha.

Com o retorno presencial, as atividades foram propostas e realizadas, aproveitando o entorno da escola e a beleza da cidade de Vitória.
Com o retorno presencial, as atividades foram propostas e realizadas, aproveitando o entorno da escola e a beleza da cidade de Vitória. (Talita Vieira/Divulgação Monteiro)

Penha explica que os estudos do meio fazem parte do projeto educacional da escola enquanto espaço de construção e fortalecimento do gosto pelo aprender, da curiosidade, da criatividade e da autonomia. "A escola é o mundo. Nossa rotina pedagógica sempre incluiu uma série de estudos práticos que permitem ao aluno aliar teoria e prática, além de passear, se divertir e aprender, desenvolvendo autonomia, espírito de equipe e responsabilidade", afirma Penha.

Cada série já é conhecida por um estudo do meio mais marcante (Sítio do Carroção, em São Paulo; Foz do Iguaçu e Parati, por exemplo, para alunos do ensino fundamental 2; alunos do fundamental 1 fazem viagens mais curtas, mas vivem experiências inesquecíveis como visita a uma aldeia indígena, às montanhas capixabas para falar da cultura do café e da imigração; ao sítio Moxuara, em Cariacica; no caso do ensino médio, viagens como ao Peru, incluindo Machu Picchu; à Amazônia, à Chapada Diamantina fizeram história).

ESCOLA MONTEIRO 

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