> >
Em meio à pandemia, comerciantes de Cachoeiro querem reabrir as portas

Em meio à pandemia, comerciantes de Cachoeiro querem reabrir as portas

As lojas da cidade estão fechadas desde o último sábado (21), quando começou a valer o decreto municipal que tem o objetivo de garantir o isolamento social e barrar a disseminação do novo coronavírus

Publicado em 26 de março de 2020 às 16:15

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Comércio fechado em Cachoeiro de Itapemirim
Comércio fechado em Cachoeiro de Itapemirim. (TV Gazeta Sul)

Está circulando nas redes sociais um manifesto contendo cerca de 150 assinaturas de empresários de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, que pede a reabertura do comércio na cidade a partir da próxima segunda-feira (30), mesmo em plena pandemia do novo coronavírus. As lojas estão fechadas desde o último sábado (21) e devem permanecer assim por um período de 15 dias, de acordo com um decreto municipal que prevê ações para barrar a disseminação da covid-19 na cidade.  O manifesto surge dez dias depois do Governo do Estado decretar emergência em saúde pública em função da doença.

No manifesto os comerciantes sugerem que o comércio volte a funcionar com 40% dos colaboradores em uma espécie de revezamento. Funcionários com mais de 60 anos ficariam em casa e há a previsão da diminuição do horário de atendimento, em caso de necessidade sanitária. De acordo com o último boletim do coronavírus no Estado, divulgado nesta quarta-feira (25), o Espírito Santo possui 40 casos confirmados da covid-19, um deles registrado justamente em Cachoeiro de Itapemirim

No manifesto ainda é citado que “a estratégia de isolamento social indefinido para combatê-la (pandemia do novo coronavírus) não só afeta gravemente a renda das famílias, como a manutenção dos empregos, a atividade econômica e da geração de tributos”. Outra justificativa, são os prejuízos que o comércio de Cachoeiro já teve com a enchente de janeiro.

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Cachoeiro de Itapemirim (Acisci) emitiu uma nota declarando que é a favor da volta das atividades antes do prazo de 15 dias, porque considera que o período coloca em risco a sobrevivência de inúmeros empreendimentos, em especial a dos pequenos negócios.

Já a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cachoeiro (CDL) comunicou que desconhece o manifesto e que está seguindo as orientações de órgãos como Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde, Governo Estadual e Municipal.

Segundo o decreto da prefeitura, as penalidades para quem descumprir as medidas anunciadas pelo município são suspensão e, em caso de reincidência, a cassação do Alvará de Funcionamento dos estabelecimentos, além de responsabilização criminal por desobediência, com base no Código Penal Brasileiro.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais