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Projeto tenta criar 13º para prefeito, vice, secretários e vereadores em Santa Leopoldina

Projeto tenta criar 13º para prefeito, vice, secretários e vereadores em Santa Leopoldina

Projeto também prevê aumento de salário. O texto foi apresentado pela Mesa Diretora e, caso aprovado, benefício será pago para os agentes políticos a partir de 2021.

Publicado em 13 de março de 2020 às 19:06

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Câmara Municipal de Santa Leopoldina. (Divulgação)

Uma proposta de criar o 13º salário para o prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores começou a tramitar na Câmara de Santa Leopoldina, esta semana.

O projeto é de autoria da Mesa Diretora da Casa, e seria para valer a partir do próximo mandato, que tem início em 2021.

O projeto também pretende conceder um aumento nos salários desses agentes políticos. O salário do prefeito de Santa Leopoldina passaria de R$ 12,2 mil para R$ 12,8 mil, o do vice-prefeito, que hoje é R$ 6.047,13 subiria para R$ 7 mil, e o dos secretários, de R$3.896,57 para R$ 4.760,00. O salário dos 9 vereadores do município teria um ajuste de pouco mais de R$ 1 e passaria a ser igualado ao dos secretários.

O impacto financeiro da aprovação da medida não consta no projeto. No texto, assinado pelo presidente da Casa, Sérgio Angeli Lago (PDT), a justificativa dada para instituir o benefício é de que seria "a definição justa da contraprestação dos agentes políticos, sem se distanciar da realidade do município e da grave crise econômica que atravessa o país, mantendo-se, portanto, os mesmos valores, sem acréscimos de qualquer natureza".

A Câmara de Santa Leopoldina realiza sessões somente às quartas-feiras. Nesta última, no dia 11, o projeto não foi colocado em pauta. Populares acompanharam as votações do dia.

Na sessão, o vereador Robson Siller (MDB) foi um dos que discursou contra a instituição do 13º.

"Considero a matéria negativa. Me disseram que o projeto é para corrigir um erro sobre algo que já ocorre no município, pois os secretários já recebem o 13º. Até alguns anos atrás, o secretário era tido como agente político, então podia receber, mas hoje não é mais assim. O correto seria que a prefeitura parasse de fazer o pagamento, e não que se amplie para outros políticos, aumentando o gasto", afirmou.

Siller afirma ter apresentado uma emenda ao texto, para retirar a possibilidade de pagamento de 13º. Ainda não há previsão de quando o projeto será colocado em pauta. 

Segundo o presidente da Câmara, Sérgio Lago (PDT), o projeto ainda está tramitando nas comissões, mas devido à repercussão negativa já está sendo reavaliado. 

Ele justifica que o projeto levou em conta um entendimento recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a legalidade do pagamento de 13º para agentes políticos, desde que conste em lei anterior. Ele pontuou que várias cidades vizinhas, como Santa Teresa e Santa Maria Jetibá já fazem o pagamento. 

Aspas de citação

Não estamos legislando em causa própria, isso só iria valer para quem se eleger para o ano que vem. No caso dos secretários, esse pagamento já estava sendo feito, só não constava em lei. Estamos regularizando

Sérgio Lago (PDT)
Presidente da Câmara de Santa Leopoldina
Aspas de citação

PROMESSA DE ALTERAR TEXTO

O presidente afirmou que devido à repercussão junto à população, o projeto está sendo reavaliado.

"Parte da Casa entendeu que este não seria o momento para criar esse gasto, então o texto vai ser alterado. Vamos apresentar uma emenda, para deixar a possibilidade do 13º só para os secretários. No caso deles, entendemos que é importante, pois é preciso salários atrativos para termos bons profissionais: engenheiros, contabilistas, entre outros", justificou.   

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