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Juiz pede apuração após calcinha ser encontrada em fórum de Cachoeiro

Juiz pede apuração após calcinha ser encontrada em fórum de Cachoeiro

Peça íntima usada estava no chão de sala em que ficam documentos sob segredo de Justiça e equipamentos

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 18:47

Fórum de Cachoeiro de Itapemirim
Fórum de Cachoeiro de Itapemirim Crédito: Assessoria de Comunicação TJES

Uma calcinha encontrada no chão de uma sala do Fórum de Cachoeiro de Itapemirim, na Região Sul do Espírito Santo, motivou um pedido de apuração do caso, feito pelo juiz coordenador do Núcleo de Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Isso porque a peça íntima usada foi encontrada em um cômodo em que ficam documentos sob segredo de Justiça e equipamentos. 

O ofício assinado pelo juiz André Guasti Motta, com data da segunda-feira (3), foi enviado ao juiz diretor do fórum da cidade, Bernardo Fajardo Lima. O documento relata que duas servidoras da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) chegaram ao trabalho na manhã na quarta-feira (29), na sala do núcleo onde são realizadas as audiências, e se depararam com a peça no local.

O magistrado acrescenta que, no dia anterior, terça-feira (28), o acesso ao fórum estava restrito devido ao feriado do Dia do Servidor. De acordo com o ofício, a sala havia sido trancada às 17h de terça, ao fim do expediente. A equipe de limpeza só teria entrado na sala na manhã de quarta, após e chegada das servidoras do núcleo. 

Calcinha encontrada em sala do Fórum de Cachoeiro de Itapemirim.
Calcinha encontrada em sala do Fórum de Cachoeiro de Itapemirim Crédito: Arquivo pessoal

Foi solicitado o registro de entradas no fórum entre a noite da terça e o início da manhã da quarta. No entanto, não foi identificada nenhuma visita ao local no período.

“Cumpre destacar que o fato é grave e merece apuração imediata, haja vista que sala contém equipamentos de informática, impressoras, mobiliário e documentos diversos, alguns deles sob segredo de Justiça, que devem permanecer sob guarda e vigilância constantes do Poder Judiciário”, afirma o juiz no documento emitido na segunda-feira (3).

O magistrado conclui o ofício pedindo acesso aos registros das câmaras de videomonitoramento, para que seja identificada possível entrada não registrada de pessoas à sala. 

O TJES foi procurado para detalhar as providências tomadas após o comunicado do juiz. Não houve resposta da Corte até a publicação desta matéria. 

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