Publicado em 20 de julho de 2020 às 11:25
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que administra um Estado que registra mais de duas mil mortes por Covid-19, avalia que o governo federal até ajuda, com verbas, mas a instabilidade no Ministério da Saúde e o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atrapalham. >
Casagrande discorda, no entanto, do termo "genocídio" utilizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Para Mendes, "é preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso".>
As referências são às mais de 75 mil mortes por Covid-19 no país e à gestão do Ministério da Saúde, comandado interinamente pelo general Eduardo Pazzuelo.>
"O que faz diferença no Ministério da Saúde é a instabilidade, é a troca permanente de ministro e a permanência de um ministro interino. Isso faz diferença porque muda equipe técnica, atrapalha a coordenação nacional, que teria que ser puxada pelo presidente da República", afirmou o governador. >
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Renato Casagrande (PSB)
Governador do Espírito SantoA frase de Gilmar acirrou ainda mais, num primeiro momento, os ânimos entre o governo federal e o Judiciário, notadamente o STF. O Ministério da Defesa chegou a emitir uma nota de repúdio assinada também pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. E até a Procuradoria-Geral da República foi acionada.>
O ministro do STF não retirou o que disse e recebeu uma ligação de Pazzuelo, numa tentativa de diálogo. A conversa, segundo interlocutores, foi "institucional" e "cordial", como registrou o jornal "O Estado de S. Paulo".>
Na entrevista, Casagrande falou também sobre possível impeachment de Bolsonaro e sobre a politização do combate à Covid-19. Confira a entrevista na íntegra.>
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