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Publicado em 14 de maio de 2025 às 17:55
A Câmara dos Deputados publicou ato exonerando os 22 assessores parlamentares ligados ao gabinete do deputado capixaba Gilvan da Federal (PL), suspenso do cargo pelo período de três meses, por decisão Conselho de Ética da Casa de Leis. As exonerações foram divulgadas em boletim publicado pelo Legislativo na segunda-feira (12).>
Na lista de servidores dispensados do cargo após a suspensão do parlamentar, ocorrida no último dia 6, por quebra de decoro, está Magda dos Santos Malta (PL). Conhecida como Maguinha Malta, ela é filha do senador Magno Malta (PL), correligionário e aliado de Gilvan da Federal.>
Conforme mostrou reportagem de A Gazeta do último dia 8, durante os três meses em que ficará com mandato suspenso na Câmara dos Deputados, o deputado não receberá o salário de R$ 46,6 mil nem poderá solicitar reembolso, via cota parlamentar, de gastos realizados no período. O parlamentar também está proibido de usar a verba de gabinete para pagamento de secretários. >
A decisão pela suspensão de Gilvan da Federal por quebra de decoro ocorreu na terça-feira (6), com um placar de 14 votos favoráveis e 5 contrários. Ele ainda pode recorrer da suspensão no plenário da Casa de Leis, mas disse que não fará isso. >
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O deputado foi representado pela direção da Câmara devido a “declarações gravemente ofensivas, difamatórias e desonrosas" contra a deputada licenciada Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula. Durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, no dia 29 de abril, Gilvan associou Gleisi ao codinome "Amante", que teria sido atribuído a ela em uma planilhas de propinas da Odebrecht, também insinuando que o apelido significaria que ela deveria "ser uma prostituta do caramba".>
No dia seguinte às falas em relação a Gleisi, Gilvan foi denunciado ao Conselho de Ética pela direção da Câmara dos Deputados. A Mesa Diretora, pela primeira vez, recorreu à resolução 11/2024, rito sumaríssimo apresentado em junho de 2024 pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com o objetivo declarado de conter o festival de baixarias que comumente ocorre nas sessões plenárias e de comissão na Casa de Leis. Assim, antes mesmo da instauração de um processo disciplinar no Conselho de Ética contra Gilvan, foi pedida a suspensão imediata do mandato do deputado, o que ocorreu em reunião realizada no dia 6.>
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