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Publicado em 8 de novembro de 2023 às 13:41
Os 28 tripulantes e o navio onde foi encontrada mais de 1,5 tonelada de cocaína deixaram o Porto de Vitória, na manhã desta quarta-feira (8), com destino ao Rio de Janeiro (RJ). A investigação continua e a comparação das digitais dos ocupantes da embarcação com as encontradas nas bolsas com a droga ocorrem em Brasília (DF), sem previsão para terminar. >
A Polícia Federal explicou para a reportagem de A Gazeta que, caso a investigação aponte para a participação de algum tripulante no içamento das drogas para o navio, pedirá à Justiça a prisão do suspeito. Se o navio estiver em alto-mar, as autoridades policiais terão de esperar a embarcação atracar para efetuar a detenção.>
Anteriormente, a corporação havia explicado que os tripulantes só deixariam o Estado após serem finalizados os exames de DNA e a comparação com as digitais colhidas nos pacotes com as drogas colocados na embarcação. Nesta quarta-feira (8), informou que como as investigações não terminaram e nada foi provado ainda contra os embarcados, eles não podem ser obrigados a permanecer no Estado. >
As investigações mostraram que o navio com a cocaína era utilizado em uma rota internacional de tráfico de drogas, que saía do Brasil com destino à Europa. Quando atracou em Hamburgo, na Alemanha, a polícia alemã encontrou 400 kg de cocaína na embarcação.>
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O navio então voltou ao Brasil e a Polícia Federal do Espírito Santo recebeu a denúncia de que ainda havia 1,5 tonelada do entorpecente escondido, não encontrada pelos policiais alemães. Quando foi atracar no Porto de Vitória, trazendo veículos, os policiais federais e os agentes da Receita fizeram uma varredura e encontraram o restante da droga.>
Diferentemente de outras apreensões ocorridas no Estado, quando drogas eram colocadas em cascos ou em caixas de máquinas de navios por mergulhadores, o material foi encontrado no interior da embarcação e foi içado (puxado para cima) por cordas. A região onde a cocaína foi colocada inicialmente no navio não foi informada, mas o superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Ricas, garantiu que isso não ocorreu em território capixaba.>
Ricas explicou que, como os entorpecentes foram içados, pode ter havido participação de tripulantes do navio. Por conta disso, todos tiveram as digitais colhidas e não podem deixar o Brasil até que a comparação seja finalizada.>
"Pretendemos não liberar a saída dos tripulantes do Brasil até que a gente tenha o resultado das comparações de impressões digitais. Quem for identificado poderá ser preso. Isso é importante porque depois que essas pessoas saem do Brasil, não temos mais controle. Há uma suspeita muito grande que teve participação de algum tripulante para colocar a droga no navio", pontuou na segunda-feira (6). >
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