Publicado em 10 de setembro de 2020 às 08:05
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Cartagena contra uma quadrilha internacional especializada em agiotagem e extorsão que atua no Espírito Santo.>
O alvo, de acordo com a polícia, é uma máfia de colombianos e equatorianos que atua no Estado emprestando dinheiro com juros diários para pessoas físicas e pequenos comerciantes, ameaçando depois as vítimas e fazendo uso de violência para receber o valor. Algumas vítimas chegaram a entregar imóveis para esses suspeitos de tão ameaçadas que se sentiram, segundo o secretário de Segurança, Alexandre Ramalho. >
"São mais de seis meses investigando essa máfia, uma máfia colombiana com equatorianos. Trabalham em cima de extorsão e outros crimes. Agora a investigação inicia uma segunda fase, de identificação, com levantamentos de dados e levantamento de contas bancárias", comentou o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, em entrevista à TV Gazeta.>
São cumpridos nove mandados de busca e apreensão e de prisão. Os mandados acontecem em Vila Velha, Aracruz e Itaipava, distrito de Itapemirim. Pelo menos, 15 pessoas foram levadas para a delegacia, entre elas uma brasileira, que mora em Vila Velha. Isso porque, além dos mandados, também teve prisões em flagrante.>
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Ao todo, cerca de 50 agentes atuaram na operação, com participação do secretário da Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, e o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.>
"É uma linha severa, que torturava psicologicamente essas pessoas, que começavam pegando R$ 1,5 mil, R$ 2 mil e não saíam mais dessa dívida. E vinham uma série de promissórias, bens eram colocados nessa dívida e a pessoa ficava eternamente amarrada a essa organização criminosa, inclusive com ameaça a vida", acrescentou Ramalho, que acompanhou uma prisão feita em um condomínio na Praia de Itaparica.>
Um comerciante de Campo Grande, em Cariacica, contou que um funcionário dele foi vítima. Segundo ele, o amigo pegou R$ 1.000 e cinco dias depois já devia R$ 1.800. Os suspeitos mandavam uma brasileira dar um cartão e oferecer um empréstimo, mas eram os estrangeiros que cobravam de forma violenta.>
"Eles só falavam que queriam o dinheiro e xingavam de tudo que é forma. Você ficava sem saber o que fazer porque eles ameaçam levar os produtos da loja", conta.>
As investigações começaram meses atrás e se intensificaram depois que um policial civil foi baleado ao tentar ajudar pessoas que tinham acabado de sofrer um acidente, mas, na verdade, eram bandidos ligados à máfia.>
Polícia deflagra operação contra máfia internacional de extorsão
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